Quatro líderes estudantis da principal universidade de Hong Kong, a HKU, foram presos nesta quarta-feira (18) por apologia ao terrorismo. Eles têm entre 18 e 20 anos.
As prisões foram feitas com base na Lei de Segurança Nacional, após uma declaração do grêmio estudantil que homenageou um homem que esfaqueou um policial e depois se matou.
O agressor atacou o policial com uma faca em um movimentado bairro comercial de Hong Kong e depois se suicidou em 1º de julho. As autoridades disseram se tratar de ato de "terrorismo doméstico".
Pouco tempo depois, o grêmio estudantil da Universidade de Hong Kong (HKU) emitiu uma declaração expressando "profunda tristeza" pela morte do agressor e gratidão por seu "sacrifício".
Diante da repercussão, os estudantes se retrataram e pediram desculpas.
"Isso embelezou, racionalizou e glorificou o terrorismo e um ataque indiscriminado e encorajou atos suicidas", afirma Steve Li, superintendente da seção de segurança nacional da polícia de Hong Kong.
Lei de Segurança Nacional
Mais de 130 pessoas, incluindo ativistas pró-democracia, já foram presos sob a Lei de Segurança Nacional imposta pela China à cidade, que é um território semiautônomo.
A maioria dos detidos são acusados de secessão ou subversão por expressarem suas opiniões políticas. A denúncia de terrorismo é menos frequente.
Os críticos dizem que a lei tem sido usada para abafar a dissidência e restringir as liberdades que foi prometida pela China quando Hong Kong foi devolvida ao país pelo Reino Unido em 1997.
Fonte: France Presse
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