quarta-feira, julho 28, 2021

Bolsonaro só perde para Maduro na gestão da pandemia, diz pesquisa

O Brasil e seu presidente estão mal na fita segundo a avaliação de 380 formadores de opinião de 14 países da América Latina ouvidos pelo instituto de pesquisas Ipsos sobre a gestão da pandemia do novo coronavírus.


Foto mostra o presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de liberação de recursos da Atenção Básica à Saúde no combate à Covid-19 no Palácio do Planalto, em Brasília — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters


Em uma lista liderada pelo presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, o brasileiro Jair Bolsonaro aparece em penúltimo lugar, na companhia de seu desafeto Nicolás Maduro, da Venezuela.


A popularidade dos líderes de governo está diretamente atrelada à campanha de vacinação. Enquanto Lacalle Pou tem 20% de desaprovação, Bolsonaro é reprovado por 85% dos entrevistados (seguido pelo venezuelano, rejeitado por 90%).


O Uruguai está prestes a se livrar da ameaça da Covid-19, com mais de 60% de vacinados com as duas doses. Até setembro, o governo espera que o país alcance a imunidade de rebanho pela imunização de toda a população.


País com melhor cobertura vacinal na região, o Chile também é considerado o que melhor administrou a crise sanitária, com 88% de aprovação entre os formadores de opinião entrevistados pelo Ipsos. Mas seu presidente, Sebastián Piñera, que amargou a impopularidade neste ano e meio de pandemia, aparece em segundo lugar, atrás de Lacalle Pou.


A avaliação em relação ao Brasil é a pior possível e reflete o caos sanitário em que o país se envolveu, com colapso de hospitais, falta de oxigênio, atrasos na vacinação e o fechamento das fronteiras aos brasileiros.

A taxa de imunizados, atualmente em 17,8%, ainda mantém o Brasil isolado e em situação de risco. Sua realidade se estreitou à da Venezuela, que até agora vacinou apenas 3,8% da população e, por ordem de Maduro, enfrenta novo bloqueio para frear a variante delta. Na percepção dos ouvidos pela pesquisa do Ipsos, no último ano e meio, o Brasil chegou bem perto da Venezuela.


Fonte: Blog da Sandra Cohen

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