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quarta-feira, maio 12, 2021

Senador apresenta na CPI da Covid áudio que contradiz Wajngarten sobre campanha do governo

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O ex-secretário Fabio Wajngarten disse nesta quarta-feira (12) à CPI da Covid que, em março do ano passado, estava afastado da Secretaria de Comunicação da Presidência da República quando o governo preparou a campanha "Brasil não pode parar". A campanha incentivava o fim do isolamento social. Na ocasião, o então secretário se encontrava em isolamento porque tinha contraído Covid.


Durante depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (12), Wajngarten foi questionado se tinha participado da confecção da campanha .


O ex-secretário disse que a peça publicitária não estava no rol de campanhas que conduziu na secretaria e que não poderia responder ao questionamento porque teve Covid-19 e se encontrava em isolamento.


No entanto, em 12 de março do ano passado, Wajngarten afirmou em "live" do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que trabalhou quando estava em isolamento — a gravação foi apresentada à CPI pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) durante o depoimento do ex-secretário.


“Eu estou trabalhando normal. Tenho feito calls com ministros, tenho feito calls com a Secom, tenho aprovado campanhas, tenho conversado com os criativos das agências de publicidade. Então, a vida segue. Eu estou disposto. Eu estou em isolamento”, disse Wajngarten na "live".


Campanha contra isolamento

Produzida em março de 2020 e divulgada em redes sociais por parlamentares governistas, um vídeo da peça de propaganda sugeria a retomada das atividades econômicas paralisadas pela crise do coronavírus.


A Justiça proibiu a veiculação da campanha. Na decisão, a juíza Laura Carvalho também proibiu a divulgação de qualquer outra mensagem "que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório reconhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública”.


Em notas divulgadas em março de 2020, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República negou a existência de uma campanha.


De acordo com a secretaria, o vídeo foi produzido "em caráter experimental" para "possível uso" nas redes sociais, mas que a campanha não chegou a ser aprovada.


Desde que foi declarada a pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro tem dito que não pode haver "histeria" nem "pânico" e que é preciso proteger a economia do país. Ele sempre defendeu a reabertura do comércio e de escolas. O fechamento desses estabelecimentos é medida recomendada por especialistas como forma de conter a disseminação do coronavírus.


Fonte: G1

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