Com a chegada prevista do primeiro lote das vacinas da Pfizer ao Brasil com cerca de 1 milhão de doses nesta quinta-feira (29), segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte se prepara para receber as primeiras doses do novo imunizante entre a sexta-feira (30) e o sábado (1°).
Profissional de saúde prepara dose de vacina da Pfizer/BioNTech em Montpellier, na França — Foto: Pascal Guyot/AFP
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a estimativa é de que o estado receba neste primeiro lote cerca de 6 mil doses da vacina da Pfizer - todas vão ficar em Natal .
Em nota ao G1, o Ministério da Saúde disse que previsão é que "a distribuição para as 27 capitais do país inicie entre sexta-feira (30) e sábado (1°), em uma divisão proporcional e igualitária". A quantidade para cada estado não foi confirmada pela pasta nacional.
Com essa vacina, o processo tem uma necessidade específica: as doses precisam ser armazenadas a uma temperatura abaixo de - 70°C. E por isso a recomendação do MS é de que as doses fiquem apenas nas capitais, já que para o armazenamento, é necessário a utilização de ultrafreezers.
Por esse motivo, a Secretaria de Saúde confirmou que todas as doses recebidas pelo estado ficarão em Natal, seguindo a recomendação do órgão nacional.
O governo do RN tem um desses congeladores na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat). Já a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) possui sete ultrafreezers entre Natal e Caicó e disponibilizou os equipamentos em janeiro para auxiliar no armazenamento das vacinas. Em nota, a universidade disse que "permanece válida a disponibilização dos equipamentos, conforme ocorra a demanda da gestão pública".
Até esta quarta-feira (28), o estado recebeu apenas doses da Oxford/AstraZeneca e da CoronaVac.
Ultrafreezer na UFRN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Distribuição
Em nota ao G1, o Ministério da Saúde explicou que as vacinas da Pfizer chegarão ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas, às 19h desta quinta-feira (29) desembarcando armazenadas a - 70°C. As doses, então, serão encaminhadas aos estados, entre sexta e sábado, quando estarão armazenadas entre -25°C e -15°C – as doses podem ficar nessa faixa de temperatura por até 14 dias.
Devido ao curto espaço de tempo, o MS está orientando que nesta primeira remessa, a vacinação com as doses da Pfizer fique restrita às capitais do país e " e, se possível, ocorra em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa".
"Assim que os imunizantes chegarem nas salas de vacinação, na rede de frio nacional (+2°C a +8°C), a aplicação na população deve ocorrer em até cinco dias".
Também devido à refrigeração especial, de acordo com o ministério, a distribuição desse lote inicial de 1 milhão para o Brasil será feita em duas etapas:
Primeiro, serão enviadas aos estados e ao Distrito Federal as vacinas destinadas para a primeira dose (500 mil).
Uma semana depois, as unidades da federação vão receber os lotes para segunda dose (500 mil restantes).
No caso da vacina da Pfizer, o intervalo entre a primeira e a segunda aplicação é de 21 dias.
Compra de freezers
Segundo o Ministério da Saúde, está em andamento o processo de compra de 183 "freezers de ultrabaixa temperatura" (-90°C a -60°C) para todo o Brasil. Eles são os equipamentos mais indicados para o armazenamento das vacinas da Pfizer, permitindo que as doses durem por seis meses.
"O Ministério da Saúde planeja entregar os freezers para as centrais estaduais e os gestores locais vão definir a estratégia de distribuição dos equipamentos em seus territórios."
A previsão é de que o primeiro lote, com 30 freezers, seja entregue em meados de junho. A aquisição é realizada via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Vacina da Pfizer
A vacina da Pfizer foi a primeira a obter o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. O imunizante foi um dos quatro testados no Brasil.
Essa primeira remessa que chega ao Brasil faz parte do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica em 19 de março, que totaliza 100 milhões de doses de vacinas até o final do terceiro trimestre de 2021. Essas primeiras doses foram produzidas na fábrica da Pfizer em Puurs, na Bélgica.
No início do ano, a farmacêutica disse ter oferecido 70 milhões de doses da vacina ao governo brasileiro para entrega ainda em dezembro, mas a oferta foi recusada.
Fonte: G1
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