O agravamento da crise do coronavírus neste início de ano pode levar a economia brasileira a uma retração no primeiro trimestre de 2021, admitem assessores presidenciais. Uma desaceleração na retomada do crescimento já é certa, depois de o país registrar no segundo semestre do ano passado uma recuperação gradual da sua atividade econômica.
Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. As previsões indicam para uma retração na casa de 5%, talvez um pouco abaixo deste percentual, o que será considerado uma notícia boa. Afinal, no início da crise da pandemia, economistas falavam numa queda de 8% a 9% da atividade econômica brasileira.
O governo contava com a manutenção da recuperação econômica neste início de ano, mas os assessores da equipe econômica já trabalham com a interrupção neste processo de melhora da economia diante do agravamento da crise do coronavírus. Segundo um assessor presidencial, "a desaceleração, infelizmente, já é uma realidade".
Na sua avaliação, apenas a vacinação em massa vai garantir a volta do crescimento. A expectativa do governo é acelerar a imunização da população nos próximos meses. Com isso, o segundo trimestre já registraria uma recuperação da economia, ganhando um ritmo mais forte a partir de julho.
Por isso, dentro do governo, a necessidade de acelerar a vacinação virou prioridade. Segundo interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, enfim a ficha caiu dentro do Palácio do Planalto para a necessidade de se tratar a vacinação como a medida mais importante do governo neste momento.
O problema, reconhecem assessores, é que isso demorou a acontecer, o que vai prejudicar exatamente o ritmo da economia tão defendido pelo presidente como sua prioridade no enfrentamento da crise do coronavírus.
Fonte: G1
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