A variante britânica do coronavírus foi detectada em pelo menos 60 países, dez a mais de uma semana atrás, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (20). Já a cepa sul-africana, que também é mais contagiosa, está em 23 países – três a mais do que em 12 de janeiro.
A OMS afirma ainda que também investiga a propagação das outras duas variantes que surgiram no Brasil, a P1, que apareceu no estado do Amazonas e também foi detectada no Japão, e outra cepa.
"Atualmente, há pouca informação disponível para avaliar se essas novas variantes modificam a transmissibilidade, ou a gravidade", afirma esta agência da ONU, destacando que suas características genéticas similares às das variantes britânica e sul-africana tornam necessário estudos adicionais.
A variante britânica é considerada entre 50% e 70% mais contagiosa do que o novo coronavírus original. Ela está presente nas seis áreas geográficas da OMS, enquanto a sul-africana aparece em quatro delas. A organização não especificou quais.
Embora muito mais contagiosas, ainda não é possível afirmar que essas variantes são mais letais, segundo pesquisas. O problema é que, como as pessoas podem adoecer com mais facilidade, a pressão sobre os sistemas de saúde aumenta, o que já vem acontecendo em alguns países, como Reino Unido, ou Estados Unidos.
Por enquanto, ainda não há informação suficiente para determinar se as variantes afetarão a eficácia das vacinas. Especialistas dizem que as vacinas podem ser reformuladas e ajustadas para se adequar melhor ao vírus em questão de semanas ou meses, se necessário. Um estudo preliminar mostrou que a vacina da Pfizer/BioNTech é eficaz contra as mutações do coronavírus.
Fonte: France Presse
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