A União Europeia afirmou, em um comunicado nesta segunda-feira (25), que os 27 países-membros do bloco não consideram mais Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Juan Guaidó durante encontro com profissionais da saúde em Caracas, em 10 de setembro de 2020 — Foto: Manaure Quintero/Reuters
Guaidó agora passa a ser um "interlocutor privilegiado".
Os 27 países já haviam dito, no dia 6 de janeiro, que não poderiam mais reconhecer Guaidó legalmente depois de ele perder a posição de líder do Parlamento.
Os partidos de oposição se recusaram a participar das últimas eleições legislativas da Assembleia Nacional, em dezembro de 2020.
Eleições contestadas
Apesar de não considerar que Guaidó é o presidente interino da Venezuela, os europeus afirmam que a votação não foi legítima, e que foi uma oportunidade perdida para a democracia.
Ao reagir em em redes sociais, Guaidó chamou atenção para esse fato.
Ele ainda é visto por Brasil, Estados Unidos e Reino Unido como o líder legitimo da Venezuela.
Por que Guaidó era considerado o presidente?
A reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018 foi contestada. A oposição venezuelana passou a considerar que, como aquela votação não era válida, o posto de presidente iria para quem estava na linha de sucessão --no caso, Guaidó, que era o presidente da Assembleia Nacional.
A condição de presidente interino dá a Guaidó acesso a fundos confiscados de Maduro por governos ocidentais, a autoridades de primeiro escalão e a apoio a seu movimento pró-democracia em casa e no exterior.
Os 27 membros da UE disseram em um comunicado conjunto que ele é parte da oposição democrática, apesar de uma resolução da semana passada do Parlamento Europeu para que governos do bloco mantenham a posição de Guaidó como chefe de Estado.
"A UE repete seu clamor pela liberdade e segurança de todos os oponentes políticos, em particular representantes dos partidos de oposição eleitos para a Assembleia Nacional de 2015, e especialmente Juan Guaidó", disse o comunicado após uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Bruxelas. "A UE os considera elementos importantes e interlocutores privilegiados".
Fonte: Reuters
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