A chanceler alemã, Angela Merkel, considera "problemático" o fechamento definitivo das contas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em várias redes sociais, incluindo o Twitter.
A chanceler alemã, Angela Merkel, criticou a suspensão definitiva da conta pessoal do presidente americano, Donald Trump — Foto: Martin Meissner/AP
"É possível interferir na liberdade de expressão, mas de acordo com os limites definidos pela legislação", afirmou o porta-voz da chanceler, Steffen Seibert, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (11). "Não baseando-se na decisão da direção de uma empresa".
Seibert disse que "é por isso que a chanceler considera problemático que as contas do presidente dos Estados Unidos nas redes sociais sejam fechadas definitivamente".
Na sexta-feira (8), o Twitter suspendeu de modo permanente a conta pessoal de Donald Trump, "devido ao risco de mais incitação à violência", dois dias após a invasão do Capitólio por seus seguidores.
A página pessoal de Trump na rede social tinha quase 89 milhões de seguidores e era o principal meio de comunicação dele com o público.
Imagem mostra a conta pessoal de Donald Trump que foi bloqueada no Twitter — Foto: Joshua Roberts/Reuters
Após o banimento, o republicano chegou a usar a conta @potus, que é da Presidência dos Estados Unidos, para criticar o Twitter. O post também foi retirado do ar e a conta presidencial, que é raramente usada por Trump, só mostrava tuítes feitos até 2020.
O presidente americano ficou sem poder se comunicar por suas páginas pessoais nas três principais redes sociais, já que os perfis de Trump no Facebook e no Instagram foram bloqueados por tempo indeterminado na quinta-feira (7).
Diferentemente do Twitter, essas páginas seguem no ar, mas não podem ser atualizadas ao menos até a posse de Joe Biden, no dia 20.
"A liberdade de expressão é um direito fundamental", ressaltou o porta-voz do governo alemão. Seibert destacou que, se as plataformas têm uma grande responsabilidade e devem agir diante de conteúdos violentos ou que incitem o ódio, cabe à Justiça estabelecer regras na comunicação nas redes sociais.
O porta-voz, no entanto, aprovou os esforços das empresas em acompanhar as mensagens de Trump com observações que incitem os usuários a checar os fatos.
Fonte: G1
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