A Fiocruz disse na tarde desta segunda-feira (14) que o Ministério das Relações Exteriores está a frente das negociações relacionadas à importação das doses prontas das vacinas da Índia.
A farmacêutica AstraZeneca conduz o estudo junto com Oxford — Foto: Reuters via BBC
Neste domingo, o chefe do Instituto Serum, fabricante contratado para produzir 1 bilhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para países em desenvolvimento, disse que o governo indiano não vai permitir a exportação do imunizante deste tipo produzido no país asiático.
Esse é o mesmo fabricante que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, no domingo, ter fechado contrato para a aquisição de doses da vacina. Ainda não está claro como a decisão pode afetar as entregas.
A Fiocruz disse em nota que o Ministério das Relações Exteriores está a frente das negociações relacionadas à importação das doses prontas das vacinas da Índia. O G1 entrou em contato com o Itamaraty e, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
As exportações serão barradas até que a população mais vulnerável da Índia seja imunizada, disse o presidente do Instituto Serum, Adar Poonawalla, em entrevista à agência de notícias Associated Press. Ele disse também que a empresa foi impedida de vender suas doses para organizações privadas.
“Só podemos dar (as vacinas) para o governo da Índia no momento”, disse Poonawalla.
O presidente da fabricante disse em outra entrevista à agência Reuters que as exportações poderão ser feitas apenas depois de garantir 100 milhões de doses para o governo indiano – o que pode atrasar as entregas para outros países em até dois meses.
"O governo indiano só quer garantir que as pessoas mais vulneráveis do país recebam primeiro – eu endosso e apoio totalmente essa decisão", disse ele.
O G1 entrou em contato com o Instituto Serum e com a Embaixada da Índia no Brasil e assim que tiver uma resposta sobre como as restrições podem afetar a importação brasileira atualizará nesta reportagem.
Fonte: G1
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