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domingo, janeiro 03, 2021

Índia aprova uso emergencial da vacina de Oxford e de imunizante feito no país

A Índia autorizou neste domingo (3) o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19: a desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford e a Covaxin, produzida pela indiana Bharat Biotech, em colaboração com agências governamentais.


Um artista dá os retoques finais a um mural que retrata trabalhadores da linha de frente carregando uma vacina contra a Covid-19 em Calcutá, capital do estado Bengala Ocidental, na Índia, em 2 de janeiro de 2021. — Foto: Dibyangshu SARKAR / AFP


A aprovação representa um grande passo no controle da pandemia no segundo país do mundo com mais casos de infecções pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.


O Reino Unido e a Argentina também já autorizaram o uso emergencial da vacina de Oxford que, na Índia, leva o nome de Covishield e é produzido pelo Instituto Serum.


O Serum prevê prevê fabricar 1 bilhão de doses da Covishield para vender a países pobres a preço de custo. Desse montante, contudo, foram produzidas até o momento entre 40 milhões e 50 milhões de doses.


A Fundação Bill & Melinda Gates contribuíram com US$ 300 milhões para ampliar a capacidade de capacidade do instituto. A previsão do Serum é de elevar a produção para 100 milhões de doses por mês até fevereiro.


Covaxin

Os primeiros estudos clínicos com a Covaxin, também aprovada neste domingo, mostraram que o imunizante não gera efeitos colaterais graves e produz anticorpos para a Covid-19.


A aprovação dele ocorreu, entretanto, antes da conclusão da fase 3 de testes, considerada essencial para garantir a eficácia e o sucesso dos imunizantes, e foi criticada.


“A aprovação foi prematura e pode ser perigosa", disse o parlamentar oposicionista e ex-ministro da Saúde Sashi Tharoor.


Nas redes sociais, o primeiro-ministro Narendra Modi comemorou a aprovação como "um ponto de virada decisivo".


2º país com mais casos

A Índia é o segundo país do mundo com mais casos de infecções pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.


De acordo com balanço feito pela agência France Presse nesta sexta, com base em fontes oficiais, o país acumula 148.994 mortes e 10.286.709 casos de contágio. A meta do governo é vacinar até 300 milhões de pessoas até meados de 2021.


Segundo a Reuters, mais de 50 milhões de doses da vacina de Oxford e da AstraZeneca já foram armazenadas pelo fabricante local, o Serum Institute of India (SII).


Reino Unido e Argentina foram os primeiros países a autorizarem o uso do mesmo imunizante.


A vacina de Oxford também está sendo testada no Brasil, junto com a da Pfizer, com a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e com a da Janssen.


O imunizante também a aposta do governo federal, que fechou contrato de compra e de transferência de tecnologia do imunizante, para produção no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


Fonte: G1

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