Na propriedade de seu Manoel Antônio, na zona rural do município de Paraú, região Oeste do Rio Grande do Norte, os animais são alimentados com capim e ração. Com o fim da pastagem natural, por conta dos meses secos, essas são as principais alternativas para alimentar o gado e as ovelhas.
“O pasto já acabou e agora a gente tá comprando a ração de armazém e esse capim. Mesmo com a ração mais cara, é o único jeito de alimentar os bichos até começar a chover”, explica o agricultor que já está esperando o período chuvoso começar.
A esperança do agricultor era que o ano de 2021 começasse com chuva. Por isso, o terreno destinado ao plantio de milho e feijão tem quase um hectare e está praticamente pronto para receber as sementes. O agricultor espalhou palhas de carnaúba no solo para servir de adubo. Muitos agricultores da região utilizam essa técnica para preparar a terra antes de receber as sementes.
“É um adubo e tanto”, diz o produtor rural.
Perto dali, na propriedade ao lado, seu Messias também está animando com o período chuvoso que deve começar nas próximas semanas. O mês de fevereiro é o mais importante. É quando os agricultores esperam pelas primeiras chuvas.
Antes de preparar a terra onde vai plantar milho, feijão e sorgo, o agricultor deixou os animais comerem o restante da rama. O corte de terra com a ajuda do trator só deve acontecer em fevereiro.
“Primeiro eu deixo os animais comerem tudo e aproveitarem o mato verde. Aí só depois que limpo o terreno”, explica.
Segundo a Empresa de Pesquisas Agropecuárias (Emparn), o período chuvoso no Rio Grande do Norte deve ficar dentro da média esperada em 2021. De olho nessas previsões, os agricultores do Assentamento Hipólito, em Mossoró, também já começaram os preparativos para o plantio.
Para o agricultor Wilson Salvador, o primeiro passo é a manutenção das cercas que protegem os terrenos de animais invasores. Ao longo do ano, as estruturas se danificam com a ação do tempo e é necessário consertá-las antes mesmo de limpar o terreno.
“A gente já deixa tudo pronto pra não ter problema de animal entrar depois pra comer as plantas quando elas estão nascendo”, alerta o agricultor.
O Assentamento Hipólito tem mais de 60 agricultores que plantam na área coletiva. Cada um tem um espaço e a maioria planta milho, feijão e sorgo. Os grãos servem de alimento para a família e também para os bichos. Já o sorgo se transforma em forragem para os animais.
Depois de anos de seca, os agricultores puderam comemorar as colheitas de 2020. Para este ano a expectativa é ainda melhor.
“É muito bonito quando a gente vê as plantas crescendo, tudo verdinho. Com fé em Deus, será um ano bom pra gente do campo”, acredita Risolene Vitorino, agricultora e presidente do assentamento.
Fonte: G1
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