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domingo, fevereiro 09, 2020

Boletim aponta que repatriados estão sem sintomas de coronavírus, diz Ministério da Defesa

O Ministério da Defesa divulgou boletim na noite deste domingo (9) informando que os brasileiros repatriados da China devido ao surto do coronavírus continuam sem qualquer sintoma da doença. As avaliações foram feitas pelo Ministério da Saúde. Esse foi o primeiro boletim divulgado desde que o grupo chegou à Base Aérea de Anápolis na manhã deste domingo.

Brasileiros repatriados da China chegam à base aérea de Anápolis, em Goiás, neste domingo (9). — Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasileiros repatriados da China chegam à base aérea de Anápolis, em Goiás, neste domingo (9). — Foto: Adriano Machado/Reuters

Segundo o boletim, os 58 hóspedes - 34 repatriados e os 24 membros da tripulação que realizou o resgate - que estão no Hotel de Trânsito passaram por todas as avaliações clínicas protocolares e mantiveram o quadro assintomático.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) coletou neste domingo secreções dos 58 hóspedes. Todo o material será analisado pelo Laboratório de Saúde Pública de Goiás (Lacen). Foram retiradas amostras do nariz e da garganta de todas as 58 pessoas que estavam no avião. Elas serão examinadas para constatar a existência ou não do coronavírus bem como de outros 21 tipos de vírus.

De acordo com a SES-GO, o resultado para o novo coronavírus está previsto para quarta-feira (12). Para os demais, as datas de divulgação serão definidas nesta segunda-feira (10), segundo a Secretaria.

Além dessa coleta, o grupo será monitorado e terá os sinais vitais e temperatura medidos três vezes ao dia. No entanto, esse acompanhamento será feito pelos 14 médicos que participaram da missão que resgatou os brasileiros em Wuhan, epicentro do coronavírus.

Rotina da quarentena
O que será oferecido aos repatriados na quarentena em Anápolis:

6 refeições diárias: café, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia (acompanhados por nutricionistas);
Videogame, brinquedoteca, jogos, biblioteca, apresentação de bandas militares;
Internet, TV a cabo, frigobar, geladeira sem itens alcoólicos;
Serviço religioso;
Emergência odontológica;
Apoio psicológico e pedagógico.

Área de quarentena na Base Aérea de Anápolis — Foto: Sílvio Túlio/G1
Área de quarentena na Base Aérea de Anápolis — Foto: Sílvio Túlio/G1

Os repatriados
Os grupo dos 34 repatriados da China é composto da seguinte forma:

4 chineses casados com brasileiros;
7 crianças com idades entre 2 e 12 anos;
23 brasileiros adultos – casais e homens e mulheres solteiros (sendo três diplomatas).
A tripulação das aeronaves é formada por:

14 médicos;
8 tripulantes;
2 jornalistas.
Seis estrangeiros tiveram autorização do governo federal para embarcar nos aviões. No entanto, um indiano não viajou por problemas no passaporte. Os demais desembarcaram na Polônia:

4 poloneses;
1 chinês.

Surto
Desde o início do surto, no início do ano, a China registrou 812 mortes por coronavírus e 37.251 casos confirmados. No Brasil, são oito casos suspeitos do novo coronavírus e nenhuma confirmação, de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados são do balanço divulgado às 13h30 de sábado (8). Segundo o governo federal, já foram descartadas 28 suspeitas desde o começo do monitoramento.

Fonte: G1

Brasil tem 11 casos suspeitos de novo coronavírus

Resultado de imagem para Brasil tem 11 casos suspeitos de novo coronavírusO Brasil tem 11 casos casos suspeitos de novo coronavírus, de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados são do balanço divulgado às 13h30 deste domingo (9). Segundo o governo federal, já foram descartadas 28 suspeitas desde o começo do monitoramento.

No balanço de sábado (8), o país tinha oito casos suspeitos de coronavírus em investigação.

Os casos ainda sob investigação estão assim distribuídos: Minas Gerais (1), Paraná (1), Rio de Janeiro (2), São Paulo (3), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (3).

Não há nenhum caso confirmado da doença no Brasil.

Casos na China
No sábado (8), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o país teve 2.656 novos casos de 2019-nCoV, o que elevou o total de casos confirmados da doença na China para 37.251. Outras 28.942 pessoas são suspeitas de infecção pelo vírus. Houve 813 mortes, uma delas nas Filipinas.

Em Hubei, a província chinesa mais afetada, são 2.147 novos casos de pneumonia causada pelo vírus, dos quais 1.379 na cidade de Wuhan. Ao todo, na província são 27.100 casos.

Fonte: G1

SEMAS de Itaú-RN continua ações da colônia de férias com crianças e adolescentes


Com a chegada do carnaval, as pessoas procuram espalhar mais alegria, assim, a Secretaria Municipal de Assistência Social pensou juntamente com a equipe do CRAS e do Programa Criança Feliz proporcionar momentos de pura alegria e nada melhor do que uma prévia carnavalesca acompanhada de muita diversão nesta quarta-feira (05) no clube ACRI em Itaú-RN.



A orquestra de frevo Maracajá, formada por músicos da Filarmônica José Praxedes Fernandes levaram animação para as crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo (SCFV) e do Programa Criança Feliz.



Além da participação da orquestra de frevo Maracajá as crianças puderam aproveitas os brinquedos oferecidos pela secretaria e as brincadeiras orientadas pelas monitoras do SCFV.


A Secretária Jaíra Martins ficou muito feliz em poder dar continuidade ao projeto “Colônia de Férias” aonde vem dando oportunidades de lazer para um público carente que aproveitaram cada minuto dançando e brincando: “Para nós como secretaria não existe maior presente do que poder proporcionar momentos como esses para nossas crianças e adolescentes; ações simples, mas que fazem uma grande diferença no dia-a-dia dessas crianças”, disse.

Para vê todas as fotos clique aqui ou na imagem abaixo:


Fonte: Assessoria de Comunicação Social

No Rio Grande do Norte, 48,2 mil pessoas esperam concessão do Bolsa Família

Na central de atendimento da assistência social em Natal, Karla Basílio de Lima, 29 anos, espera ser chamada com a expectativa de finalmente ter uma resposta sobre a concessão do Bolsa Família, benefício que aguarda receber há 7 meses, quando fez o Cadastro Único. "Me falaram que eu começaria a receber em janeiro, e eu vim aqui para saber se vai sair mesmo", explicou. Receber o programa significa pôr comida na mesa de casa, onde mora com três filhos pequenos. Desde que perdeu o emprego há 1 ano e 3 meses, ela passou a fazer parte de uma fila de 48,2 mil famílias no Rio Grande do Norte cadastradas no CadÚnico em situação de extrema pobreza (isto é, com menos de 1,99 dólar por dia) sem receber o Bolsa Família.

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Linha que mostra a quantidade de famílias beneficiárias no Rio Grande do Norte

Karla procurou a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) em junho de 2019 para ficar apta para o Bolsa Família. Nesse mesmo mês, 78 famílias do Estado conseguiram entrar no programa. O número inaugurou uma média muito abaixo dos primeiros cinco meses do ano, que registraram 21,1 mil novas concessões – cerca de 4,2 mil mensais. De junho em diante, até novembro (último registros na base de dados do Ministério da Cidadania), apenas 605 famílias conseguiram entrar no Bolsa Família. O retorno de Karla à Semtas, responsável pelo intercâmbio entre moradores de Natal e o programa federal, aconteceu na quarta-feira (6), decorrido o prazo dado no cadastro.

A queda nas concessões não significa uma ascensão das classes mais pobres. Em 2019, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do País foi de 1,3% e a desigualdade continuou alta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento é insuficiente para causar uma diminuição tão brusca entre o primeiro e o segundo semestre. Questionado sobre quais razões levaram a isso, o Ministério da Cidadania, responsável pela gestão do programa, se limitou a afirmar que "as concessões dependem do quantitativo de famílias habilitadas para o Programa e as estratégias de gestão da folha."

Enquanto aguarda ser selecionada, Karla depende de esmola, que consegue na frente de igrejas, bicos como faxineira e ajuda da mãe – que, por sua vez, precisa de ajuda para conseguir pagar o aluguel de casa nos meses mais difíceis. "Tem dias que falta comida em casa, uma mistura. A mistura do almoço é o mais difícil, mas tudo que eu consigo eu compro de comida. A janta a gente pega na distribuição de sopa que a igreja faz", relatou. O aperreio diminui quando os filhos, os dois mais velhos de 11 e 7 anos  e a mais nova de 2 anos e 9 meses, estão na escola: a merenda consegue cobrir pelo menos uma refeição.

É a primeira vez que Karla necessita do Bolsa Família desde que o programa foi criado em 2004. Durante nove anos, ela foi funcionária de serviços gerais em uma empresa hoteleira recebendo um salário mínimo, mas em setembro de 2018 acabou no universo de 204 mil desempregados no Rio Grande do Norte. Não se trata de um caso isolado, mas de um fenômeno social agravado pela crise econômica de 2015, quando o País entrou em recessão. Entre o início da crise e dezembro de 2018, data mais atualizada das estatísticas do IBGE sobre renda, 118 mil pessoas passaram à faixa da extrema pobreza no Estado. No total, 367 mil (10% da população) estavam nessa situação em 2018.

Na avaliação do diretor do IBGE/RN, Damião Hernane, a interrupção do Bolsa Família pode gerar um ciclo de pobreza e emprego menos qualificados. “Se não tenho emprego e tenho um programa cheio de barreiras, acabo indo para o subemprego”, afirma. “O impacto da crise econômica no Brasil atinge principalmente os segmentos sociais mais pobres. Se a pobreza aumenta, a tendência é o programa ser mais necessário.”

Número de beneficiários é o menor desde 2017

Segundo a diretora da área técnica da Semtas, Auricéa Xavier, a média mensal de cadastramento no CadÚnico seguiu o aumento do desemprego a partir da crise. "Teve uma tendência de aumento não somente pelo Bolsa Família, mas também por outros programas sociais que exigem o cadastro, como o Benefício da Prestação Continuada (BPC), que passou a exigir o CadÚnico", afirmou.

O número atual de famílias inscritas no Bolsa Família no Rio Grande do Norte é de 339 mil (além das pessoas em extrema pobreza, têm direito ao programa quem está na faixa de pobreza e possui filhos menores de 18 anos). É a quantidade mais baixa desde setembro de 2017, que teve 337 mil beneficiados. A reportagem perguntou ao Ministério da Cidadania se houve evolução da fila nesse período, mas a resposta informa que não há dados estaduais. Já a base de dados disponibilizada online não possui a série histórica de famílias cadastradas no CadÚnico aptas a receber o benefício. Somente o último dado atualizado (dezembro de 2019) está disponível.

No atendimento Karla soube que a situação de espera continua a mesma e não tem data para ser selecionada pelo programa. Por não ter celular, ela deu o número de uma vizinha para ser avisada quando fosse selecionada. Enquanto isso, continua a viver em casa com os três filhos até que eles retornem à escola, em março, e ela possa voltar a procurar emprego com mais calma.  “Ficou tudo a mesma coisa, eu só posso esperar”, respondeu.

Fonte: Tribuna do Norte

RN amplia arrecadação em 2019 em 1,5% e soma R$ 5,7 bilhões

A arrecadação de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) registrou crescimento  crescimento nominal de 1,5% em longo de 2019. A informação consta na Edição 46 do Boletim dos Pequenos Negócios do RN, uma publicação elaborada pelo Sebrae e divulgada semana passada. De acordo com o boletim, o RN recolheu R$ 5,7 bilhões somente referente a esse tributo, enquanto no ano anterior a arrecadação foi de R$ 5,6 bilhões. Entre 2015 e 2019, o crescente nominal de arrecadação foi de 27%, enquanto a inflação medida pelo IPCA, em idêntico período, foi de 19,54%.

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O ICMS que incide sobre os combustíveis é responsável por render aproximadamente R$ 1,4 bilhão por ano aos cofres do Estado

O boletim também traz uma análise sobre o comércio exterior e mostra que a balança comercial do Rio Grande do Norte fechou o ano com um superávit recorde de US$ 225,3 milhões em 2019. As exportações apresentaram um crescimento de 41,8% e somaram US$ 393,17 milhões, enquanto as importações tiveram um aumento de 0,91% e ficaram em US$ 167,8 milhões.  

As microempresas do Rio Grande do Norte mantiveram, em 2019, um resultado na geração de vagas de trabalho formal superior ao registrado pelas pequenas, médias e grandes empresas. Os negócios desse porte foram recordistas na geração de emprego com carteira assinada e criaram 7.144 novas vagas no ano passado, a exemplo do que vem ocorrendo desde 2014. Em seis anos, as microempresas potiguares já acumulam um saldo de 44.957 postos de trabalho gerados. Já as grandes empresas foram as que tiveram o maior déficit na geração de emprego em 2019: 2.221 vagas perdidas, enquanto as pequenas apresentaram uma retração do saldo em 1.247 postos de trabalho. Já as médias empresas encerraram o ano com um saldo positivo de 65 vagas.

O setor de Serviços foi o que mais contribuiu para que o Rio Grande do Norte finalizasse 2019 com um saldo positivo de 3.741 vagas. As atividades ligadas à prestação de serviços contrataram mais que demitiram e findaram o ano com um saldo de 2.161 postos de trabalho, mantendo assim 191.238 pessoas empregadas do estoque total de vagas do Estado, que soma 429.047 trabalhadores contratados em regime celetista. O segundo segmento que mais abriu novas vagas no ano passado foi o da construção civil, que admitiu 951 novos trabalhadores. O setor amarga, desde 2015, um déficit superior a 13 mil vagas.

O setor agropecuário foi o terceiro que mais contribuiu para o saldo positivo no Estado com a criação de 384 postos de trabalho. A indústria de utilidade pública e comércio também geraram vagas: 217 e 109 vagas, respectivamente. Com tradição de absorver mão de obra, o setor comercial do RN acumula um déficit de 4,2 mil postos nos últimos cinco anos. Em todos os setores, o Rio Grande do Norte soma uma perda de 12 mil postos de trabalho nesse mesmo período.

A análise sobre o mercado de trabalho formal do RN faz parte do informativo que  traz uma síntese dos principais indicadores da economia potiguar ao longo do ano passado e que podem influenciar o segmento da micro e pequena empresa. 

Fonte: Tribuna do Norte

Lula cria atritos com aliados e aprisiona esquerda, destaca Veja

Resultado de imagem para Lula cria atritos com aliados e aprisiona esquerda, destaca Veja“Se Lula for para a cadeia, o país vai pegar fogo.” “Quando Lula for solto, vai incendiar as massas.” Ditas e repetidas por aí, as frases apocalípticas acima não se materializaram. A mobilização em torno da prisão do ex-presidente decepcionou quem aguardava uma revolução. Sua libertação tampouco provocou o barulho esperado. 

Depois de amargar 580 dias na carceragem, na volta às ruas, o petista desancou o atual governo, repisou o mantra de que é vítima de um complô das elites e jurou mais uma vez vingança a Sergio Moro, o responsável por sua condenação. Fora os aplausos da claque dos convertidos, os discursos caíram no vazio. No trabalho de articulação política, Lula agora mais desagrega do que une. Antigos aliados reclamam da insistência em priorizar interesses pessoais e os do PT como condição para formar uma frente de oposição a Jair Bolsonaro. Até mesmo dentro da sigla começaram a surgir vozes dissonantes, o que era impensável alguns anos atrás. Resultado: o Lula livre aprisiona hoje a esquerda em uma encruzilhada de difícil solução.


Explica-se o dilema: de fato, o ex-¬presidente ainda é o nome mais forte da oposição, conforme mostram as pesquisas. A questão é que ele está impedido de concorrer nas eleições em razão da Lei da Ficha Limpa, após ser condenado duas vezes em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá e no do sítio de Atibaia. Para voltar ao jogo, o petista depende de uma improvável pirueta jurídica do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, mesmo que concorra, Lula sofre um profundo desgaste de sua imagem. Um nome diferente poderia se beneficiar de sua força sem ser abalado por seus defeitos. Mas nem Lula nem o PT estão preparados para um movimento nessa direção.

Desde a fundação do partido, o ex-metalúrgico sempre impediu o crescimento de outras lideranças que fossem capazes de rivalizar com ele. Sua prisão, em abril de 2018, deu a alguns petistas e a integrantes de partidos aliados a esperança de que haveria enfim uma lufada de renovação, com a ascensão de outros nomes e, assim, novas alternativas de poder. Tanto que, no ano passado, líderes do PT, PCdoB, PDT, PSB e PSOL se reuniram seis vezes com o objetivo de construir uma pauta comum e formar uma ampla frente de oposição ao governo Bolsonaro, a qual poderia ser o embrião de uma aliança para a sucessão de 2022. Com a libertação de Lula, em novembro último, esperava-se que essas negociações ganhassem corpo e que o ex-presidente, condenado a quase 26 anos de cadeia e inelegível, ajudasse na costura dos acordos.

Fonte: No Minuto

Lula defende que PT dialogue com toda a oposição ao governo Bolsonaro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem (8), em conversa com mais de 90 acadêmicos e intelectuais que precedeu a comemoração dos 40 anos do PT, no Rio, a ampliação do diálogo político de oposição ao governo Jair Bolsonaro para além do campo da esquerda. “Tem que ampliar a voz para a sociedade”, disse Lula, segundo relatos de participantes do evento.
Na véspera, a direção nacional do PT aprovou uma política de alianças para as eleições deste ano que prioriza os partidos de esquerda (PSB, PDT, PC do B, PSOL, Rede, PCO e UP) mas abre a possibilidade de composições pontuais com adversários, como os partidos do Centrão, e diferencia DEM e PSDB - classificados como “ultraneoliberais” - das legendas que apoiam Bolsonaro - chamadas de “extrema direita”.
O discurso de Lula vai na mesma linha de alguns dos participantes de uma mesa que reuniu representantes do PT, PSB, PDT, PC do B e PSOL como parte das comemorações, entre eles o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) e Manuela D'Avila (PCdoB).
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, lembrou que quando o partido estava no governo federal e conduzia as políticas econômica e social contou com o apoio de setores fora da esquerda para a implantação de diversos programas como Bolsa Família, valorização do salário mínimo e Minha Casa Minha Vida.
Segundo ela o momento, agora é diferente mas o PT tem dialogado com setores da centro-direita em ações pontuais no Congresso. Para Gleisi, o papel da esquerda é aproveitar as contradições existentes na base bolsonarista.
“Nós já fizemos conversas com partidos conservadores que são base de sustentação do Bolsonaro no Congresso em questões pontuais. A gente tem que explorar contradições dessa base”, disse ela.
Gleisi aproveitou para esclarecer a resolução política que define a política de alianças do PT para 2020 aprovada na véspera pela Executiva Nacional do partido.
Na sexta-feira dirigentes petistas e a assessoria do PT disseram que a resolução priorizava os partidos de esquerda mas abria brechas para alianças eleitorais com o Centrão e antigos adversários como o DEM e o PSDB, vetando apenas os partidos de “extrema direita” como Aliança pelo Brasil, Novo e PSL - que não foram nominados no documento. No entanto, depois da repercussão da notícia nas redes sociais, a direção do PT divulgou uma nota, na madrugada de sábado, negando a possibilidade de alianças com democratas e tucanos.
Ainda na manhã deste sábado, mesmo depois da divulgação da nota, havia divergências entre dirigentes ouvidos pelo Estado sobre o conteúdo da resolução política que define a política da alianças do partido. Alguns diziam que parcerias pontuais com nomes do DEM e do PSDB poderiam ser autorizadas. Outros afirmavam o contrário.
As contradições, segundo eles, vêm da dubiedade do texto que diferencia “ultraneoliberais” (DEM e PSDB) da “extrema direita”. A dubiedade, por sua vez, é fruto da dificuldade enfrentada pela direção petista para contemplar as diferentes posições internas sobre o tema.
Um dirigente usou como exemplo o caso do Rio de Janeiro, onde existe chance de um segundo turno entre o prefeito Marcelo Crivella (PRB), candidato do bolsonarismo e Eduardo Paes (DEM). Neste caso, segundo petistas, o partido tenderia a apoiar Paes.
Segundo Gleisi, o PT vai priorizar os sete partidos de esquerda. Alianças para fora deste arco vão depender de autorização das direções estaduais e de os possíveis aliados não terem feito gestos de hostilidade ao PT e aos governos Lula e Dilma. Partidos de “extrema direita” estão vetados e DEM e PSDB, excluídos da lista de coligações.

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Ao lado de José Mujica, ex-presidente do Uruguai, Lula diz que PT deve dialogar com todos os partidos que se posicionam contra Jair Bolsonaro.

Indagada se existe alguma possibilidade de alianças com democratas e tucanos em casos excepcionais, Gleisi respondeu: “ás vezes pode acontecer e vamos ter que decidir sobre isso como já decidimos outras vezes. Já desmanchamos alianças. O Brasil tem cinco mil e poucos municípios. Mas a orientação do partido é que nossas alianças preferenciais são com os partidos de esquerda”.

De acordo com ela, as nuances que diferenciam DEM e PSDB dos partidos de “extrema direita” se devem ao fato de que embora o PT discorde do programa econômicos de democratas e tucanos, considera que estes partidos não ameaçam a democracia.

“A questão da diferenciação é de ênfase política. Embora a gente seja contra o programa (econômico) esperamos continuar em uma democracia. Então nós respeitamos os movimentos de direita mas a extrema direita é a destruição da sociedade”, disse a presidente do PT.

Nome mais aplaudido da mesa, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) disse que as alianças eleitorais devem ser restritas aos partidos que ali estavam, mas, no enfrentamento ao governo Bolsonaro, mais setores devem participar do debate.

"A gente não tem que resistir ao governo Bolsonaro, tem que destruir o governo Bolsonaro", disse o pré-candidato à Prefeitura do Rio.

Freixo tenta formar uma aliança de esquerda em torno de si, mas tem enfrentado dificuldades. Por enquanto, conta com sinalização positiva apenas do PT e PV, embora converse semanalmente com o presidente do PDT, Carlos Lupi, no Leme, bairro da zona sul do Rio onde ambos moram. Apesar disso, a legenda trabalhista tem candidatura própria anunciada: a da deputada estadual Martha Rocha, que também é cortejada pela campanha do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). As portas para Freixo são mais fechadas no PSB.

Já Manuela D'Ávila, do PCdoB, candidata a vice-presidente na chapa do petista Fernando Haddad em 2018, acredita que a ampliação do diálogo deve passar pelas alianças eleitorais. "Precisamos falar com a sociedade como um todo e não apenas para nós mesmos”, disse ela. “Isso também passa pelas eleições. Eleição é algo muito importante no Brasil”, completou Manuela, que é pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre e também tenta criar uma frente de esquerda em torno de seu nome.

Fonte: Estadão

Aviões com repatriados da China pousam na Base Aérea de Anápolis

Os dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) com brasileiros repatriados da China devido ao surto de coronavírus pousaram na Base Aérea de Anápolis às 6h05 e 6h11 deste domingo (9). A partir de agora, eles vão ficar em quarentena no local por 18 dias. O Ministério da Defesa informou que todos os passageiros estão bem de saúde e assintomáticos.

"Iniciamos uma nova fase que terá como objetivo oferecer aos repatriados conforto, bem-estar e o acesso à comunicação de qualidade para contato com os seus familiares. A Força Aérea Brasileira concentra-se agora para que cada um dos repatriados e envolvidos nessa missão sinta-se bem recebido nesse regresso à pátria amada", disse o coronel aviador Antônio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.

Ao todo, segundo a FAB, as aeronaves trouxeram 34 passageiros - entre brasileiros e cônjuges chineses - que estavam em Wuhan, epicentro do surto do coronavírus. Além deles, também viajou uma equipe de apoio com 24 membros (veja detalhes abaixo).

Os passageiros desceram usando máscaras cirúrgicas e foram direto para um ônibus. Eles eram orientados por uma equipe, que vestia macacões amarelos.

"Não há nenhum sintoma de nenhum tipo de dificuldade. Eles seguem agora para os seus apartamentos, onde a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás irá fazer os exames. Depois, eles vão entrar na rotina diária de quarentena, quando três vezes ao dia farão uma consulta com os médicos", disse o general Manoel Pafiadache, secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa.

Grupo de brasileiros repatriados da China chega a Anápolis para ficar em quarentena, Goiás — Foto: Reprodução/GloboNews
Grupo de brasileiros repatriados da China chega a Anápolis para ficar em quarentena, Goiás — Foto: Reprodução/GloboNews

O Ministério da Saúde ainda vai avaliar o quadro de cada integrante da equipe de apoio para saber se o grupo de suporte vai precisar ficar isolado. Um grupo com 50 militares fez a desinfecção dos equipamentos e veículos usados no transporte dos passageiros após o pouso.

Ao todo, foram 95 horas de voo desde que as equipes partiram de Brasília para buscar os brasileiros, na quarta-feira (5). No caminho de volta, os aviões saíram de Wuhan sexta-feira (7) e pararam em Urumqi (China), Varsóvia (Polônia) e Las Palmas (Espanha). Já no Brasil, fizeram em Fortaleza uma última escala antes de pousar em Anápolis. Cada um dos trechos da viagem tem aproximadamente 18,3 mil km.

Após o desembarque, um dos brasileiros repatriados fez postagens na rede social agradecendo a ajuda da FAB e também pelo acolhimento recebido. Em uma das publicações, ele se surpreende com os lanches deixados no quarto como um presente de boas-vindas.

Brasileiro repatriado agradece acolhida em quarentena em Anápolis — Foto: Reprodução/Instagram
Brasileiro repatriado agradece acolhida em quarentena em Anápolis — Foto: Reprodução/Instagram

Surto da doença
Desde o início do surto, no início do ano, a China registrou 812 mortes por coronavírus e 37.251 casos confirmados. No Brasil, são oito casos suspeitos do novo coronavírus e nenhuma confirmação, de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados são do balanço divulgado às 13h30 deste sábado. Segundo o governo federal, já foram descartadas 28 suspeitas desde o começo do monitoramento.

Quarentena
O período de quarentena será cumprido na Base Aérea de Anápolis. Os hotéis de trânsito da unidade foram adaptados para recebê-los. No local, eles serão obrigados a usar máscaras quando estiverem fora dos quartos. Além disso, terão a saúde monitorada três vezes ao dia.

Aviões com brasileiros repatriados da China chega a Anápolis — Foto: Sílvio Túlio/G1
Aviões com brasileiros repatriados da China chega a Anápolis — Foto: Sílvio Túlio/G1

O que será oferecido aos repatriados na quarentena em Anápolis:

6 refeições diárias: café, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia (acompanhados por nutricionistas);
Videogame, brinquedoteca, jogos, biblioteca, apresentação de bandas militares;
Internet, TV a cabo, frigobar, geladeira sem itens alcoólicos;
Serviço religioso;
Emergência odontológica;
Apoio psicológico e pedagógico.

Área de quarentena na Base Aérea de Anápolis — Foto: Sílvio Túlio/G1
Área de quarentena na Base Aérea de Anápolis — Foto: Sílvio Túlio/G1

Os repatriados
Os grupo dos 34 repatriados da China é composto da seguinte forma:

4 chineses casados com brasileiros;
7 crianças com idades entre 2 e 12 anos;
23 brasileiros adultos – casais e homens e mulheres solteiros (sendo três diplomatas).
A tripulação das aeronaves é formada por:

14 médicos;
8 tripulantes;
2 jornalistas.
Seis estrangeiros tiveram autorização do governo federal para embarcar nos aviões. No entanto, um indiano não viajou por problemas no passaporte. Os demais desembarcaram na Polônia:

4 poloneses;
1 chinês.

Fonte: G1

Soldado autor de massacre é morto na Tailândia

A polícia da Tailândia informou neste domingo (9) que matou a tiros o soldado que assassinou 26 pessoas e deixou outras 57 feridas em ataques a tiros neste sábado (8) na cidade de Korat, a cerca de 250 quilômetros de Bangcoc.

Pessoas são retiradas de shopping na Tailândia  — Foto: Athit Perawongmetha/Reuters
Pessoas são retiradas de shopping na Tailândia — Foto: Athit Perawongmetha/Reuters

Segundo o primeiro-ministro Prayut Chan-ocha, 8 feridos seguem em estado grave e 25 já tiveram alta.

"Um incidente assim nunca havia acontecido na Tailândia, e esperamos que nunca volte a acontecer", afirmou Chan-ocha.
O premiê afirmou ainda que um 'problema pessoal' por conta da venda de um imóvel teria sido o motivo do ataque do militar.

Marcas de balas em vidro de shopping na Tailândia na manhã deste domingo (9) — Foto: Lillian Suwanrumpha/AFP
Marcas de balas em vidro de shopping na Tailândia na manhã deste domingo (9) — Foto: Lillian Suwanrumpha/AFP

Ataque
De acordo com a imprensa da Tailândia, os disparos ocorreram por volta das 15h30 no horário local (5h30, no horário de Brasília) em uma base militar e em seguida em um shopping, chamado Terminal 21.


O militar, identificado como Jakrapanth Thomma de 32 anos, atirou primeiro contra o próprio comandante e outros companheiros. Depois, roubou armas e munição e fugiu em um carro, o qual dirigiu até o centro da cidade, onde fica o centro comercial.

Ele invadiu o local por volta das 18h (8h, em Brasília). Ao chegar ao shopping, o militar começou a atirar indiscriminadamente com um fuzil de assalto contra pedestres e automóveis.

Imagem de circuito interno mostra atirador dentro de shopping na Tailândia — Foto: AFP
Imagem de circuito interno mostra atirador dentro de shopping na Tailândia — Foto: AFP

Em seguida, entrou no edifício e continuou a disparar, enquanto centenas de pessoas corriam apavoradas. Depois, tentou fugir, mas não teve êxito.

Cerca de seis horas após o atirador iniciar o massacre, as forças especiais conseguiram entrar e controlar parte do edifício para liberar dezenas de pessoas que estavam escondidas longe do alcance do atirador.

O shopping amanheceu cercado por policiais e militares. Por volta de 9h deste domingo (23h de sábado em Brasília), mais de 17 horas após o início do massacre, o militar foi morto.

Pessoas são retiradas dentro de shopping na Tailândia durante ataque — Foto: Reuters
Pessoas são retiradas dentro de shopping na Tailândia durante ataque — Foto: Reuters

Post na internet
De acordo com a agência Reuters, o atirador havia feito uma publicação em sua página no Facebook um dia antes com o texto: "A morte é inevitável para todos". Ele ainda aparece em uma imagem segurando uma arma. Pouco antes de abrir fogo, ele também escreveu na rede social: "Deveria desistir?". A página não está mais acessível.

Imagens e vídeos publicados nas redes sociais mostravam cenas de pânico e pessoas fugindo apavoradas sob o barulho dos disparos de uma arma automática.

Moto atingida por tiros no ataque ao shopping na Tailândia — Foto: Soe Zeya Tun/Reuters
Moto atingida por tiros no ataque ao shopping na Tailândia — Foto: Soe Zeya Tun/Reuters

Pessoas deixam shopping correndo na Tailândia — Foto: Sakchai Lalitkanjanakul/AP
Pessoas deixam shopping correndo na Tailândia — Foto: Sakchai Lalitkanjanakul/AP

Fonte: G1

40% dos professores de ensino médio não são formados na disciplina que ensinam aos alunos

Nas escolas brasileiras, cerca de 40% dos professores que atuam no ensino médio não têm formação adequada nas disciplinas que lecionam. São docentes que fizeram a graduação em outra área, não possuem licenciatura ou sequer se formaram na universidade.

Formação ideal de professor deve incluir bacharelado e licenciatura. Na foto, homem ensina matemática a alunos.  — Foto: CAIA IMAGE/SCIENCE PHOTO LIBRARY via AFP
Formação ideal de professor deve incluir bacharelado e licenciatura. Na foto, homem ensina matemática a alunos. — Foto: CAIA IMAGE/SCIENCE PHOTO LIBRARY via AFP

Segundo dados do Censo Escolar 2019, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há uma grande disparidade entre as cinco regiões. O quadro mais crítico é no Centro-Oeste, onde apenas 50,7% dos professores de ensino médio e 50,2% de ensino fundamental II têm a formação apropriada.

No Nordeste, o índice também é baixo: 53,9% dos docentes na última etapa de ensino possuem diplomas de graduação e de licenciatura na disciplina que ensinam.

Mesmo nas regiões com melhores números, a situação não é satisfatória. No Sul, 70,6% dos professores de ensino médio têm bacharelado e licenciatura na área em que trabalham – ou seja, 29,4% ensinam, diariamente, um conteúdo em que não são especializados.

Gráfico indica a porcentagem de professores que fizeram graduação e licenciatura na disciplina que ensinam aos alunos — Foto: Juliane Souza e Betta Jaworski/Arte G1
Gráfico indica a porcentagem de professores que fizeram graduação e licenciatura na disciplina que ensinam aos alunos — Foto: Juliane Souza e Betta Jaworski/Arte G1

Mas qual o prejuízo de ter um professor de matemática ensinando física? Ou um bacharel em química que não fez a licenciatura? Segundo especialistas, a formação inadequada traz um impacto direto na qualidade das aulas.

“Mesmo que sejam áreas parecidas, aquele profissional não se dedicou a estudar o assunto. O tipo de conhecimento que vai trabalhar com os alunos será superficial”, explica Ângela Soligo, professora colaboradora da pós-graduação da Unicamp.

“Se você sabe pouco, ensina pouco, mesmo que tenha boa vontade. Os alunos são curiosos, querem saber mais, mas o docente não será capaz de aprofundar o conhecimento. Ele está colocado num campo que não o pertence”, completa.
Gabriela Moriconi, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, relata que, para o professor, também é desconfortável entrar na sala de aula e não ter segurança sobre o conteúdo a ser ensinado. “Ele acaba tendo de se virar para buscar outras fontes, como materiais didáticos ou colegas da área. Mas, claro, não terá o mesmo repertório e a mesma capacidade de lecionar que um formado. Os alunos serão prejudicados”, afirma.

Sem licenciatura
Os dados do Inep detalham qual o grau de formação dos professores. No ensino fundamental II, por exemplo, 30,8% dos docentes possuem licenciatura – mas em outro campo. É o caso, por exemplo, de um professor de história que dá aula de filosofia.

No ensino médio do Nordeste, 8,9% não têm nem graduação, nem licenciatura na disciplina que ensinam aos alunos. Na mesma região, mas no ensino fundamental I, um quadro ainda mais grave: 26,9% dos professores não concluíram o curso superior. Do sexto ao nono ano, 15% não frequentaram a universidade.

Gráfico detalha a formação dos professores de ensino médio em cada região brasileira — Foto: Juliane Souza/Arte G1
Gráfico detalha a formação dos professores de ensino médio em cada região brasileira — Foto: Juliane Souza/Arte G1

Para que o processo de aprendizagem seja adequado, é necessário que o docente tenha feito tanto a graduação, quanto a licenciatura. Ambas são imprescindíveis, conforme explica Soligo. “A pessoa pode até dominar o conteúdo, mas sua formação deve abarcar as estratégias de ensino: conhecimentos de como lecionar, preparar um plano de aula, elaborar uma avaliação e um cronograma”, afirma a professora da Unicamp.

Causas do problema
Há dois motivos principais para o alto índice de professores com formação inadequada:

número insuficiente de formandos em determinadas graduações;
baixa atratividade da carreira docente.
Por causa dos baixos salários e das condições ruins de trabalho, menos estudantes se interessam pela licenciatura. E, para quem escolhe a carreira de professor, a remuneração insatisfatória obriga que o indivíduo dê aula em mais de uma escola.

“Ele precisa de uma renda complementar, então não vai recusar ensinar uma disciplina que não corresponda à sua formação”, explica Soligo. “Há professores com jornada tripla de trabalho. É cruel com ele e com o aluno.”

Segundo o indicador de esforço docente, medido pelo Inep, 43% dos professores de ensino médio no Brasil têm de 50 a 400 alunos, trabalham em dois turnos, em uma ou duas escolas e em duas etapas de ensino diferentes (ensino fundamental e ensino médio, por exemplo). Nos colégios municipais do Pará, por exemplo, 36,8% dos docentes de ensino médio têm mais de 400 alunos e trabalham de manhã, à tarde e à noite, em duas ou três instituições de ensino diferentes.

Com uma carga horária intensa, sobra menos tempo para o docente investir em formação continuada. Ou seja: ele terá mais dificuldade para se instrumentalizar e melhorar a qualidade de suas aulas. O número elevado de alunos por professor também precariza a educação, já que será mais difícil elaborar planos de ensino individualizados.


Além disso, há casos de formandos em cursos como o de química que não desejarão trabalhar em colégios. “Há os bacharéis e os licenciados em química. O bacharel vai ter um emprego em uma grande empresa, com salários altos. O licenciado atuará em escolas, com remuneração defasada. É claro que a pessoa tenderá a optar pelo que dá melhores condições de vida”, afirma Soligo.

“Faltando professor na disciplina, os colégios procurarão alguém com formação em área próxima. Mas já vi até docente de inglês dando aula de biologia”, complementa.

Possíveis soluções
Para melhorar a qualidade do ensino, é necessário tornar a carreira de professor mais atrativa. “As condições de trabalho são decisivas. O profissional precisa saber que conseguirá atuar apenas em uma escola e se dedicar a ela, com salário razoável. Não adianta nem investir em programas de formação continuada. São cursos que não vão ensinar os conhecimentos básicos da disciplina”, afirma Moriconi. “Não dá para contratar e, depois, querer arrumar.”

A valorização da educação é o caminho para atrair mais profissionais para a docência. “As escolas públicas são patrimônio da nação. Se você contratar um professor que só tem domínio superficial da área, estará encontrando uma solução artificial para o problema. É a formação dos jovens que está em jogo”, diz Soligo.

Fonte: G1

Cantor sertanejo é resgatado de carro em chamas após acidente em Santa Fé do Sul

O cantor sertanejo Henrique, da dupla Netto e Henrique, ficou gravemente ferido após se envolver em um acidente no bairro Santa Prata, em Santa Fé do Sul, na madrugada deste sábado (8).

Henrique, da dupla Netto e Henrique, é resgatado de carro em chamas — Foto: Divulgação/Informa Mais/Divulgação
Henrique, da dupla Netto e Henrique, é resgatado de carro em chamas — Foto: Divulgação/Informa Mais/Divulgação

A dupla é do interior paulista e teve a música lançada "Forçar a Barra" no dia 23 de janeiro, que tem mais de 2 milhões de visualizações no Youtube.

Ainda de acordo com a polícia, o músico, de 22 anos, seguia pela Avenida Navarro de Andrade, quando colidiu na traseira de uma caminhonete. Devido ao impacto, o veículo pegou fogo. Já o motorista da caminhonete não se feriu.

Uma equipe da PM fazia ronda pelo local, quando constatou o acidente e conseguiu retirar o rapaz, que estava desmaiado. O Corpo de Bombeiros foi acionado e controlou o incêndio.

Netto e Henrique durante show  — Foto: Divulgação
Netto e Henrique durante show — Foto: Divulgação

O cantor foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Ele chegou com trauma de face e múltiplas escoriações.

Após o atendimento, Henrique foi encaminhado para a Santa Casa de Santa Fé do Sul e transferido para São José do Rio Preto (SP). Segundo a unidade, o cantor sofreu traumatismo craniano, passou por cirurgia e seu estado é considerado grave.

Carro de cantor sertanejo pegou fogo após acidente  — Foto: Divulgação/Informa Mais
Carro de cantor sertanejo pegou fogo após acidente — Foto: Divulgação/Informa Mais

Henrique, da dupla Netto e Henrique, fica ferido em acidente em Santa Fé do Sul — Foto: Divulgação
Henrique, da dupla Netto e Henrique, fica ferido em acidente em Santa Fé do Sul — Foto: Divulgação

Fonte: G1