segunda-feira, dezembro 07, 2020

Após STF proibir reeleição, MDB reivindica o Senado e centro tenta acordo para a Câmara



A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar a reeleição dos atuais presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) provocou uma reviravolta pela disputa do comando das duas Casas.


Apesar do placar apertado, a decisão do STF foi atribuída à forte reação da opinião pública logo depois dos primeiros votos favoráveis à reeleição.


O posicionamento de juristas explicitando a impossibilidade de reeleição aumentou a pressão no fim de semana, o que enfraqueceu a possibilidade de uma decisão mais política da Corte.


De forma reservada, alguns ministros defendiam a recondução de Maia e Alcolumbre como uma forma de equilíbrio institucional depois das tentativas do governo de Jair Bolsonaro de enfraquecer o Supremo e o próprio Congresso Nacional.


Agora, diante da decisão do STF, o MDB quer recuperar o comando do Senado, com o argumento de ser a maior bancada. Os nomes já colocados são:


líder do MDB, Eduardo Braga (AM);

líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (TO);

líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE);

presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Simone Tebet (MS).

Questionado por senadores na manhã desta segunda-feira (7), Eduardo Gomes disse que ainda iria aguardar um posicionamento do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre, para iniciar as articulações.



Fora do MDB, há um movimento de senadores independentes por uma candidatura, que poderia ser até mesmo de Simone Tebet.


Na Câmara, a expectativa é que Maia consiga articular uma candidatura de unidade entre os partidos de centro e de esquerda. Entre os nomes, estão o do presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), do líder da maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e do vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP).


O maior temor desse grupo é de sequelas depois da escolha do nome. O candidato do Planalto, o deputado Arthur Lira (PP-AL), já trabalha para conseguir apoio desse grupo de centro, inclusive com o sinal verde do governo para negociar cargos.


A oposição também estuda lançar um nome para a disputa.


Fonte: G1

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