A ministra da Informação do Líbano, Manal Abdel Samad, anunciou sua renúncia neste domingo (9) em meio à crise causada pela explosão que devastou Beirute na terça-feira (4). Mais de 150 pessoas morreram, 6 mil ficaram feridas e outras 300 mil ficaram desabrigadas.
Manal Abdel, em foto de 27 de julho — Foto: AFP
Ela é o primeiro membro do governo a deixar o cargo depois da pressão com as acusações de negligência e incompetência das autoridades.
"Depois do enorme desastre em Beirute, apresento minha renúncia do governo", declarou a ministra em um breve discurso na televisão. "Peço desculpas aos libaneses, não atendemos às suas expectativas", acrescentou.
Eleições antecipadas
O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou neste sábado (8) à noite que irá propor eleições parlamentares no país abalado pelas explosões mortais no porto de Beirute, pelas quais a população culpa a classe política.
Em discurso televisionado, o governante avaliou que apenas "eleições antecipadas podem permitir a saída da crise estrutural", acrescentando que está disposto a permanecer no poder "por dois meses", enquanto as forças políticas trabalham nesse sentido e, durante esse período, liderar o processo de antecipação.
"Convido as partes a chegarem a um acordo sobre o próximo passo. Proporei na segunda-feira (a reunião do) no governo a convocação de eleições antecipadas", disse Diab. "Estamos em estado de emergência quanto ao destino e ao futuro do país", ressaltou.
O anuncio ocorreu depois de um dia de muito protesto nas ruas da cidade.
Fonte: G1
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