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domingo, dezembro 01, 2019

TCU revê decisão que reduziria cobrança nas contas de luz para bancar subsídios

Resultado de imagem para TCU revê decisão que reduziria cobrança nas contas de luz para bancar subsídiosO Tribunal de Contas da União (TCU) reviu uma decisão tomada em maio que reduziria, a partir de janeiro, a cobrança feita nas contas de luz para bancar subsídios.

Na decisão de maio, o tribunal havia determinado que os consumidores deveriam deixar de pagar, via conta de luz, por subsídios que não estão diretamente relacionados à política tarifária do setor elétrico.

Entre os subsídios que deixariam de ser financiados via conta de luz estão aqueles que beneficiam agricultores que fazem irrigação e empresas de saneamento (distribuição de água e tratamento de esgoto).

De acordo com levantamento do próprio TCU, esses subsídios custaram aos consumidores R$ 17,5 bilhões apenas entre 2013 e 2017.

A retirada de parte da cobrança, portanto, poderia levar a uma redução nas contas de luz a partir de janeiro.

Recurso
A determinação do TCU foi direcionada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao Ministério de Minas e Energia, que apresentaram embargos (uma espécie de recurso) ao tribunal questionando pontos da decisão.

Aneel e ministério apontaram que o TCU não definiu como a agência deveria proceder em relação àqueles que têm direito ao benefício.

Em sessão na última quarta (27), o tribunal reconheceu "omissões e obscuridades" e decidiu rever a determinação feita em maio. Com isso, a Aneel fica desobrigada de retirar a cobrança feita nas contas de luz para financiar os subsídios questionados.

No lugar, o TCU decidiu "informar" ao Ministério de Minas e Energia e à Casa Civil da Presidência que os subsídios "não estão alinhados com a política tarifária do setor elétrico" e que a concessão dos benefícios é "indevida" sem que haja orçamento para cumpri-los na íntegra.

O G1 procurou a Aneel, que informou que não vai comentar a decisão do TCU.

CDE
Os recursos recolhidos via conta de luz para pagar por subsídios vão para a chamada Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Em outubro, a Aneel informou que, para 2020, a previsão é de que deve cobrar R$ 20,6 bilhões nas contas de luz para bancar todas as ações e subsídios concedidos pelo governo e que estão ligados à CDE.

Além dos subsídios questionados pelo TCU, esse montante também vai pagar, por exemplo, pelos benefícios concedidos às contas de luz de famílias de baixa renda e pela compra de uma parte do combustível usado em termelétricas que geram a eletricidade em regiões do Norte do país onde a rede nacional de transmissão de energia ainda não chega.

Fonte; G1

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