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quarta-feira, dezembro 18, 2019

Suspeitos de comandar ataques criminosos no Ceará são alvos de operação da PF em cinco estados

A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (18), dez mandados de prisão contra suspeitos de ordenar ou executar ataques ocorridos no mês de setembro deste ano, na Região Metropolitana de Fortaleza. Seis pessoas investigadas na operação já estavam no sistema prisional, e outras quatro foram capturadas. A ação aconteceu no Ceará e nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Paraná.

Ao todo, 31 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão foram expedidos contra uma organização criminosa responsável pela ordem e execução dos ataques.

Segundo a PF, a operação "Reino de Aragão" tem o objetivo de desarticular lideranças da organização criminosa. Os mandados de prisão foram expedidos contra pessoas envolvidas diretamente nas atividades da organização, inclusive algumas que se encontram atualmente presas nas penitenciárias federais de Mossoró/RN e Catanduvas/PR e em presídios estaduais do Ceará e da Paraíba.

Entre os presos, há integrantes e um dos fundadores de uma facção criminosa responsável pelos ataques no Ceará, além da advogada Elisângela Mororó, presa em novembro de 2019. Ela é suspeita de participar de uma organização criminosa de traficantes de drogas e por planejar uma fuga no Centro de Detenção Provisória.

Segundo as investigações, as ações do grupo criminoso foram praticadas sob determinações de lideranças presas. As ordens eram planejadas por essas lideranças e executadas por outros integrantes da mesma organização criminosa que se encontravam em liberdade.

"Nossa investigação foi baseada na análise de material apreendido. E o material hoje arrecadado, vai subsidiar as investigações que serão desencadeadas a partir de então. Essa operação vai ajudar a continuidade da investigação", afirmou o promotor de Justiça à frente do caso, Rinaldo Janja, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18).

Ceará sofreu onda de ataques contra ônibus carros e prédios públicos — Foto: Camila Lima/Sistema Verdes Mares
Ceará sofreu onda de ataques contra ônibus carros e prédios públicos — Foto: Camila Lima/Sistema Verdes Mares

Ação conjunta
A ação aconteceu em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), órgão do Ministério Público do Estado do Ceará, além do Departamento Penitenciário Nacional e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, através da Polícia Militar e Polícia Civil.

As medidas judiciais foram representadas pela autoridade policial e deferidas pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Justiça do Estado do Ceará.

Os investigados responderão, conforme suas condutas, pelos crimes de dano, incêndio, participação em organização criminosa e outros que forem verificados nas investigações.

Fonte: G1

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