A estratégia do “silêncio” adotada pela ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25) foi decidida na última semana por ela própria em reunião com assessores mais próximos, conforme apurou o blog.
A coletiva da ministra no Palácio do Planalto foi convocada para às 15h, uma hora antes do início do evento de lançamento da campanha “Quando uma mulher perde a voz, todas perdem”. A conversa com os jornalistas seria para explica a ação que seria lançada na sequência.
Porém, Damares se posicionou no púlpito montado para a coletiva, mas não respondeu às perguntas dos repórteres. Aparentemente emocionada, a ministra ficou por alguns segundos ali, em silêncio, e saiu sem dar explicações.
A campanha de enfrentamento à violência contra a mulher custou R$ 11 milhões e conta com a participação das cantoras Simone e Simaria. A ação foi anunciada pelo governo federal em solenidade no Palácio do Planalto com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Só após a solenidade a ministra explicou que sua intenção era demonstrar “como é difícil uma mulher ficar em silêncio” e agradeceu a presença dos jornalistas que foram à falsa coletiva.
“Eu fiquei [assim] para que vocês sintam como é difícil uma mulher ficar em silêncio. É muito ruim tirar a voz de uma mulher. Era esse o recado que eu queria dar. E obrigada por terem participado voluntariamente ou involuntariamente da campanha. Que todas as mulheres tenham voz”, disse Damares.
Segundo assessores que participaram da reunião, a ideia de Damares era justamente criar uma certa polêmica por conta da coletiva "fake" e conseguir una atenção maior para a nova ação do governo.
fonte: G1
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