O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) emitiu nota que seria para esclarecer o posicionamento do órgão em relação ao antigo Hotel Reis Magos, cujo prédio encontra-se em ruínas na orla da Praia do Meio, em Natal. Mas o texto da entidade não conseguiu responder às várias indagações feitas pela classe política e econômica sobre a intenção de tombar as ruínas.
FOTO: WELLINGTON ROCHA
De acordo com o IPHAN, o processo de tombamento do antigo hotel está em análise no Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do órgão, o chamado Depam. O detalhe é que o procedimento havia sido arquivado em 2017. “No entanto, por força de um pedido de apreciação de novos documentos enviados pelo presidente do Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania (IAPHACC) do Rio Grande do Norte, Ricardo Tersuliano, a reabertura do processo foi necessária”, diz a nota.
Nessa terça-feira, 7, o relator do processo que analisa o pedido de tombamento do antigo Hotel Reis Magos no Conselho Estadual de Cultura, Diógenes da Cunha Lima, indagou em entrevista: “Como gastar um horror de dinheiro para restaurar um entulho?”. Já o deputado federal Fábio Faria foi direto ao instituto, pelas redes sociais, ao perguntar: “Como assim o IPHAN quer o tombamento de escombros?”.
A todas as questões o IPHAN respondeu apenas que “o desarquivamento não implica em um possível tombamento do edifício”.
Veja nota do IPHAN na íntegra:
Nota de Esclarecimento: Hotel Reis Magos (RN)
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) esclarece que o processo de tombamento do Hotel Reis Magos, em Natal (RN), foi arquivado em março de 2017. Na época, o entendimento do Instituto foi que a importância do imóvel se evidencia em nível municipal e estadual, o que não se justificaria sua proteção em nível federal.
No entanto, por força de um pedido de apreciação de novos documentos enviados pelo presidente do Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania (IAPHACC) do Rio Grande do Norte, Ricardo Tersuliano, a reabertura do processo foi necessária. Assim sendo, atualmente, a proposta está em análise no Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam/Iphan).
No entanto, vale ressaltar que o desarquivamento não implica em revisão da análise técnica do Iphan ou em um possível tombamento do edifício. O entendimento dos técnicos do Depam, à época do arquivamento, foi de que, apesar da contextualização do bem no cenário mais amplo do modernismo brasileiro, sua importância está mais relacionada a questões econômicas e da urbanização local.
Fonte: Portal no Ar
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