Apontados por autoridades do Rio de Janeiro como assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz foram transferidos da Penitenciária Federal de Mossoró. A transferência para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, foi realizada no último dia 3.
MARIELLE FRANCO E ANDERSON GOMES — FOTO: REPRODUÇÃO/ TV GLOBO
A operação foi sigilosa para evitar uma fuga, o translado dos presos foi feito por policiais federais. O motivo da transferência — fundamentado em decisão do juiz federal corregedor da Penitenciária Federal de Mossoró, Walter Nunes da Silva Junior — foi o fato de o miliciano e ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, também estar na mesma unidade. Antes de a Polícia Civil prender Lessa e Queiroz pelo duplo homicídio, em 12 de março deste ano, o miliciano era o principal suspeito pelo crime. O juiz federal corregedor ressaltou em sua decisão que havia urgência na transferência dos presos, porque Curicica “forneceu às autoridades informações importantes do envolvimento de Ronnie (Lessa) e Élcio nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes”.
Histórico
No dia 28 de março, Lessa e Queiroz foram transferidos do presídio de Bangu 1, no Rio de Janeiro, para a unidade do Rio Grande do Norte. Logo que chegaram em Mossoró, a direção da penitenciária redobrou os cuidados com a segurança de Curicica. O miliciano foi totalmente isolado. O número de agentes penitenciários foi redobrado para resguardar a integridade do ex-PM. O juiz federal corregedor determinou ao Depen que indicasse vagas para o sargento reformado e seu cúmplice em outra unidade federal no país. Nunes informou que o diretor do presídio de Mossoró apontou sobre a impossibilidade da permanência de Lessa e Queiroz juntos na mesma cadeia com Curicica. Tanto que, em sua sentença, o juiz federal corregedor enfatizou que a transferência da dupla de detentos era “recomendável, para preservar a integridade física de Orlando”.
Inicialmente, Nunes deu um prazo de 60 dias para a permanência de Lessa e Queiroz no presídio do Rio Grande do Norte, mas o prazo se estendeu por mais de três meses. Em maio, o Depen reservou duas vagas na Penitenciária Federal de Porto Velho, mas dependia da anuência do juiz federal corregedor Walisson Gonçalves Cunha responsável pela unidade federal de Rondônia. Em 10 de maio, o magistrado autorizou a transferência. Enfim, no último dia 3, a transferência foi realizada.
*Com informações do O Globo.
Fonte: Portal no Ar
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