O ex-jogador e ex-presidente da União Europeia de Futebol (Uefa) Michel Platini foi detido nesta terça-feira (18) como parte das investigações sobre corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022, informa a imprensa francesa.
O ex-atacante da França e ex-presidente da Uefa, Michel Platini — Foto: Ruben Sprich/Arquivo Reuters
Ele está sob custódia da Polícia Judicial em Nanterre, perto de Paris.
O advogado de Platini afirmou que o ex-jogador é inocente de todas as acusações e que está fornecendo "explicações úteis" aos investigadores. Segundo a agência EFE, ele próprio alega ser "totalmente alheio" aos fatos pelos quais foi preso.
De acordo com uma declaração de sua equipe, Platini está sendo mantido sob custódia por "razões técnicas", diz a Reuters.
Em 2016, a promotoria francesa abriu uma investigação sobre a eleição do país sede da Copa de 2022. Há a suspeita de que a escolha do país tenha sido marcada por atos de corrupção, conspiração e tráfico de influência.
O ex-jogador se declarou como testemunha em dezembro de 2017.
Segundo o jornal “Le Monde”, os promotores estão particularmente interessados em um almoço que aconteceu no Palácio do Eliseu, a sede do poder executivo da França.
Platini participou do encontro com o então presidente francês, Nicolas Sarkozy e o xeique Tamim Ben Hamad Al Thani do Catar, que era o primeiro-ministro na época.
O almoço aconteceu em 2010, nove dias antes do anúncio de qual país organizaria a Copa de 2022.
O Catar será a primeira nação árabe a sediar o evento.
Platini comandou a Uefa de 2007 a 2015. Ele cumpre um período de suspensão de quatro anos por violar o código de ética ao aceitar um repasse de 1,8 milhões de euros autorizado pelo então presidente da Fifa, Joseph Blatter, por trabalhos feitos entre 1998 e 2002.
Fonte: G1
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