A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu mandados de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (18), contra três pessoas suspeitas de vender ingressos falsos para partidas da Copa América.
Fachada do Departamento de Polícia Especializada (DPE) do Distrito Federal — Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
Os mandados foram cumpridos em endereços de Ceilândia, Gama e Riacho Fundo. Os agentes apreenderam celulares durante a operação. Ninguém foi preso.
Segundo a investigação, os bilhetes dos jogos eram anunciados pelas redes sociais em um perfil falso na internet (entenda abaixo). Os preços variavam de R$ 140 a R$ 500 - valores superiores aos divulgados no site oficial do torneio de futebol masculino.
"As vítimas optavam pelas redes sociais pela comodidade, porque achavam mais fácil receber ingressos em casa e não precisar fazer cadastro no site", explicou o delegado Wisllei Salomão, da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf).
Durante a investigação, a Polícia Civil também identificou uma conta corrente em nome de um servidor público da Aeronáutica, morador de Brasília. A conta seria usada para receber o pagamento pelos ingressos falsos. À TV Globo, a Aeronáutica disse que está à disposição da polícia para ajudar nas investigações.
Duas mulheres também são suspeitas do crime. Elas teriam usado quatro perfis falsos nas redes sociais para anunciar os bilhetes. Uma delas chegou a ser presa em 2015 pelo crime de tráfico drogas.
Até a manhã desta terça (18), nove vítimas tinham sido identificadas em três estados. São moradores do Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Sete pessoas prestaram depoimentos.
O caso é investigado como estelionato e organização criminosa. Se comprovada a participação do grupo, a pena pode chegar a cinco anos de prisão.
Reprodução do e-mail que era enviado às vítimas que compraram ingressos falsos para a Copa América — Foto: PCDF/Divulgação
Investigação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, os suspeitos usavam perfis falsos de mulheres e anunciavam os ingressos pelas redes sociais.
Na internet, interessados faziam contato por mensagens e, então, a compra era fechada, explicou Salomão.
"Após a transferência bancária, os suspeitos enviavam um voucher para o e-mail das vítimas, mas quando elas iam trocar por ingressos no site oficial, percebiam que eram falsos" (veja foto acima).
A investigação começou em março, mas a suspeita é de que o grupo agia desde fevereiro. A polícia ainda não tem o balanço de quanto o esquema movimentou nesse período.
A Polícia Civil busca por outras vítimas do golpe. Pessoas lesadas podem registrar a ocorrência na delegacia.
Fonte: G1
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