O Canadá espera iniciar a venda de alimentos com maconha em meados de dezembro, anunciou o governo nesta sexta-feira (14), esclarecendo que produtos como doces e sorvetes, que podem atrair crianças, não serão permitidos.
Em foto de 20 de abril de 2016, mulher agita bandeira com folha de maconha, inspirada na bandeira do Canadá, durante celebração do Dia Nacional da Maconha, em Ottawa — Foto: Chris Roussakis/AFP
As novas regras, que se seguem à legalização do uso da maconha aprovado no ano passado, entrarão em vigor no dia 17 de outubro.
Mas as autoridades acreditam que os produtos estarão à venda apenas em meados de dezembro, já que esta nova indústria precisará de tempo para se adaptar aos consumidores.
"As regras adicionais são o próximo passo no processo para reduzir os riscos para a saúde pública e para a segurança da maconha comestível e os extratos de maconha (...), removendo o mercado ilegal destes produtos no Canadá", disse o representante do governo para a questão, Bill Blair.
Apesar da liberação, não serão permitidos alimentos ou bebidas com maconha com mais de 10 miligramas de THC, o principal composto psicoativo da cannabis. Para extratos, o máximo será de 1.000 mg por embalagem.
As autoridades aconselharão os consumidores a utilizar alimentos ou bebidas com maconha que contenham no máximo 2,5 mg de THC.
A agência governamental Health Canada explicou que os efeitos da maconha ingerida podem tardar até duas horas, no lugar dos segundos após sua inalação.
O efeito da maconha é mais forte quando a droga é ingerida.
Os produtores e distribuidores não poderão anunciar propriedades saudáveis ou dietéticas da maconha ou associá-la a qualquer tipo de bebida alcoólica, o que impedirá a venda da cerveja de cannabis, que algumas empresas estavam desenvolvendo.
Desde a legalização, no dia 17 de outubro, 5,4 milhões de canadenses já compraram maconha, incluindo mais de 600 mil que experimentaram a erva pela primeira vez, segundo a agência de estatísticas do governo.
Fonte: G1
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