Sequência de fotos mostram de queda de helicóptero com noiva a casamento realizado em Vinhedo. (Foto: Arte/G1)
A queda do helicóptero que transportava uma noiva em Vinhedo (SP) completa um mês nesta terça-feira (5) com a investigação sobre as causas do acidente ainda em andamento. De acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi prorrogado por mais 30 dias, depois de ouvir todas as vítimas e testemunhas. O delegado responsável pela apuração aguarda ainda o resultado dos laudos da perícia. Simone Farias saiu ilesa da aeronave e subiu ao altar no dia 5 de maio.
A investigação sobre o que causou a queda e a explosão do helicóptero logo em seguida também é feita pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB). O órgão informou ao G1 que o objetivo é prevenir novos acidentes e descobrir todos os fatores que contribuíram para o acidente garante a liberdade de tempo para a apuração.
"A conclusão de qualquer investigação conduzida pelo Cenipa terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente", diz o órgão, em nota.
Simone Farias usou a página na rede social para comentar a queda do helicóptero (Foto: Reprodução/Facebook)
'Não me assustei'
No dia 15 de maio, Simone publicou em sua página em uma rede social que não se assustou com a queda e tudo estava "nos planos de Deus". A noiva, o fotógrafo, um menino de 6 anos e o piloto tiveram menos de 1 minuto para sair da aeronave antes da explosão, segundo mostra um vídeo do acidente que viralizou nas redes sociais.
“Aconteceu o que assustou a maioria. Porque não todos e sim a maioria? Porque eu não me assustei. Deus todo poderoso deu uma paz enorme em mim e tudo aquilo foi um milagre”, diz o texto da postagem.
Dois dias depois do acidente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o helicóptero não tinha autorização pousar no local do evento, um espaço com um castelo cenográfico em um bairro de chácaras no município. De acordo com o órgão, a empresa também não tinha licença para usar a aeronave em atividade remunerada.
A Anac informou também que abriu um processo administrativo contra a empresa que, além de eventual sanção administrativa, pode resultar em "denúncia ao Ministério Público e à Polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal".
Rui Garcia, proprietário da empresa dona do helicóptero, Alter Aviation, informou que possui licença para realizar voo fotográfico e afirmou que esse era o serviço prestado para o evento.
O acidente
No vídeo, em uma sequência sem cortes - entre 0m32s e 1m36s -, é possível ver desde a aproximação do helicóptero ao local do casamento até a explosão da aeronave segundos após a saída de todos os tripulantes. A noiva saiu ilesa e os demais três tripulantes tiveram ferimentos leves.
Nas imagens feitas por celular instantes antes do acidente é possível ver quando a cauda do helicóptero esbarra no mastro de uma bandeira do castelo e se quebra, fazendo com que o piloto perca o controle da direção.
Viagem rápida
A viagem começou no Aeroporto de Jundiaí (SP) com o embarque das quatro pessoas às 17h23, segundo informações da concessionária Voa São Paulo, que administra o local. O percurso foi de cerca de 20 km até a festa, no bairro Altos do Morumbi.
No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, como lesão corporal culposa, consta que o acidente ocorreu às 17h30. Veja como foi a sequência dos fatos no infográfico abaixo.
Fonte: G1
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