O Fluminense não jogou só contra o fraco Nacional Potosí. Em condições normais de temperatura e pressão, literalmente, o Tricolor passaria com facilidade pelo time boliviano. Mas na absurda altitude de 4000 metros, onde nenhum jogador conseguiu se manter bem fisicamente nos 90 minutos acima do nível do mar, o aguerrido time de Abel Braga sofreu. A derrota de 2 a 0, entretanto, pouco importou. O 3 a 0 no Maracanã ficou na conta do chá e o Flu se classificou para a segunda fase da Copa Sul-Americana
Jogadores do Flu caem extenuados no campo após apito final. Objetivo conquistado #geflu pic.twitter.com/8bLTjA6Wwc
TRIO FORTE
Por mais que tenham destacado o coletivo na saída de campo, Gum, Renato Chaves e Júlio César foram os grandes destaques do Fluminense no jogo. O goleiro teve grande atuação, com ótimas defesas, e garantiu o 0 a 0 no primeiro tempo. Já a zaga cresceu quando o time ruía fisicamente. Renato, em especial, teve ótima atuação, com pouquíssimos erros e vencendo a maioria dos duelos na zaga. O capitão Gum se destacou mais uma vez na bola aérea defensiva, além de segurar o relógio, com experiência, nos momentos mais perigosos.
ALIVIOU
Robinho foi o ponto de alívio no segundo tempo do Fluminense. O substituto de Pablo Dyego segurou mais a bola que o titular, deu bons dribles e passes e quase marcou o gol tricolor em chute cruzado. Depois de sua entrada, o Tricolor melhorou no jogo e sofreu menos com contra-ataques e jogadas ofensivas do Nacional Potosí. O atacante foi importantíssimo para a vitória do Flu.
PRIMEIRO TEMPO
A altitude deu sinal que atrapalharia muito a vida do Fluminense desde o começo do jogo. O Flu não conseguia segurar a bola, mas só sofreu sufoco no início, muito pela falta de qualidade da equipe da casa. O Nacional Potosí tentava chegar com bolas na área e chutes de fora, armas conhecidas dos times acima do nível do mar, mas esbarrava na ótima atuação de Júlio César. O empate parcial sem gols ao fim do primeiro tempo deu certo alívio aos tricolores, mas correndo muito sem a bola, o time de Abel Braga evidenciava o sofrimento que estava por vir. Pablo Dyego, Gilberto, Richard e Ayrton Lucas, em especial, sentiam muito a altitude.
SEGUNDO TEMPO
O Fluminense voltou mal do intervalo. Sonolento e com o lento Marlon na lateral na vaga de Ayrton Lucas, o Tricolor cedia espaços pelo lado esquerdo da zaga. Por ali saiu o primeiro gol, do enrolado atacante Reina. Além de lutar contra os 4000 metros de altitude de Potosí, mais uma das atitudes discutíveis da Conmebol, o Flu teve a arbitragem contra. O árbitro Esteban Daniel Ostojich Vega marcou equivocadamente pênalti em Jadson, em jogada que o mesmo Reina recebeu em impedimento e se jogou na área. Na cobrança, o atacante fez seu segundo no jogo. Dali para a frente, o time de Abel Braga tirou fôlego de onde não havia para formar uma parede na frente do gol de Júlio César e se classificar para a segunda fase da Copa Sul-Americana.
Fonte: Globo Esporte
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