Professor, Judson Rodrigues de Castro dava aulas de geografia (Foto: Arquivo Pessoal)
A Polícia Civil concluiu nesta quarta-feira (16) o inquérito e indiciou dois suspeitos pela morte do professor de geografia Judson Rodrigues de Castro, de 33 anos, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal. Os homens confessaram o crime e, segundo o delegado Donny Êxodo Lima Cavalcante, da 7ª Delegacia de Polícia, deverão responder por latrocínio e ocultação de cadáver. O caso foi remetido à Justiça.
Agora, caberá ao Ministério Público fazer a denúncia contra o professor de matemática Jefferson Andrielle Melo da Silva e João Vitor Fernandes da Silva. Segundo o delegado, eles confessaram que mataram o professor e tentaram vender o carro para repartir o dinheiro.
"Portanto, como os acusados tentaram se desfazer do veículo Celta com o intuito de repatir posteriormente o dinheiro da venda, nada resta senão admitir a existência de indícios veementes da conduta típica de CP, art. 157, §3º, II, c/c art. 211", informou o delegado na conclusão do inquérito. Os artigos dizem respeito aos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.
O professor tinha sido visto pela última vez com vida na tarde da terça-feira 8 de maio e foi encontrado morto na tarde da quarta (9). O corpo estava enterrado no quintal da casa de um dos suspeitos, que mora em São Gonçalo do Amarante. A descoberta aconteceu por causa do carro da vítima, que foi achado pela polícia quando estava prestes a ser vendido por um corretor de veículos. Foi este homem quem revelou à polícia o nome de um homem que teria ficado encarregado de vender o automóvel.
Moradores do bairro Nordeste chamaram a PM e informaram que havia, em um posto de combustíveis, um carro abandonado desde a terça. Quando os policiais chegaram, se depararam com um homem tentando abrir o veículo. Ao ser abordado pelos policiais, ele se apresentou como corretor de veículos e disse que o carro seria negociado com terceiros. O automóvel, porém, pertencia ao professor Judson, que estava sumido desde o dia anterior. Ainda não havia queixa de roubo. O corretor foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos.
Na delegacia, o corretor disse o nome da pessoa que passou o carro para ele. Foi essa pessoa quem revelou o endereço onde mora um dos suspeitos presos, que acabou entregando o comparsa.
Em interrogatório, os dois homens presos confessaram ao delegado Donny Cavalcante terem matado a vítima e enterrado o corpo no quintal da casa. Com apoio dos PMs, a equipe da 7ª Delegacia de Polícia Civil foi até a residência e encontrou o cadáver.
Embora um dos suspeitos tenha revelado um suposto envolvimento com o professor, para o delegado os presos planejaram o crime com o objetivo de vender o carro da vítima e repartir o dinheiro.
“A princípio, imaginávamos estar diante de um crime passional. Mas, a motivação revelada pela dupla é muito fútil. A investigação avançou e acreditamos estar diante de um caso de latrocínio. Afinal, eles ficaram com o carro do professor e depois tentaram negociar o veículo”, afirmou à época, Cavalcante. Ele manteve o posicionamento ao fim do inquérito.
Fonte: G1
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