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quarta-feira, abril 11, 2018

Resoluções que propõem investigação sobre armas químicas na Síria falham na ONU

Membros do Conselho de Segurança votam em resolução apresentada pelos EUA para investigação independente sobre uso de armas químicas na Síria, durante reunião na terça-feira (10), em Nova York (Foto: AP Photo/Julie Jacobson)
Membros do Conselho de Segurança votam em resolução apresentada pelos EUA para investigação independente sobre uso de armas químicas na Síria, durante reunião na terça-feira (10), em Nova York (Foto: AP Photo/Julie Jacobson)

Duas resoluções que propõem investigação sobre o suposto uso de armas químicas na Síria foram rejeitadas nesta terça-feira (10) no Conselho de Segurança da ONU. Um delas, apresentada pelos Estados Unidos, propunha a abertura de um inquérito para apurar a culpa por tais ataques. A outra foi apresentada pela Rússia e propunha uma investigação separada após a qual o próprio Conselho de Segurança seria responsável por atribuir a responsabilidade dos ataques.

O texto dos americanos foi o primeiro a ser votado. Doze dos 15 membros do Conselho de Segurança votaram a favor, mas a Rússia, aliada da Síria na guerra civil de mais de 7 anos, usou seu poder de veto e teve o apoio da Bolívia. Já a China se absteve.

Para ser aprovada, uma resolução precisa de 9 votos a favor e nenhum veto de Rússia, China, França, Reino Unido ou Estados Unidos. Um veto só pode ser dado se um pedido ganhar pelo menos nove votos.

A proposta da Rússia foi submetida a votação em seguida. Nela, 6 membros foram favoráveis, 7 votaram contra e dois se abstiveram.

Em uma reunião do Conselho nesta segunda, Haley disse que os EUA vão responder ao ataque independentemente da decisão que o Conselho de Segurança tomar. EUA, França e Reino Unido acusam o governo de Bashar al-Assad de ser o responsável pelo ataque, o que Assad e a aliada Rússia negam.

O presidente americano Donald Trump anunciou nesta segunda que tomaria uma "decisão importante". Nesta terça, o francês Emmanuel Macron afirmou que está estudando "questões técnicas" sobre uma possível ação militar contra a Síria junto com os EUA e o Reino Unido.

Ataque contra Duma
O ataque em que um gás tóxico teria sido utilizado aconteceu no sábado e deixou dezenas de mortos e feridos. A acusação do suposto ataque químico contra o governo partiu do grupo rebelde sírio Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis.

Duma fica na região de Guta Oriental, onde desde fevereiro o governo sírio promove uma ofensiva para retomar o controle das mãos dos rebeldes. A cidade, que é a maior dessa região, é um dos últimos redutos dos combatentes que lutam contra Assad.

Os governos da Síria e da Rússia insistem em dizer que não houve ataque químico e disseram que estão dispostos a receber e facilitar uma visita segura de investigadores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) para estudar as denúncias.

Fonte: G1

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