Membros do Conselho de Segurança votam em resolução apresentada pelos EUA para investigação independente sobre uso de armas químicas na Síria, durante reunião na terça-feira (10), em Nova York (Foto: AP Photo/Julie Jacobson)
Duas resoluções que propõem investigação sobre o suposto uso de armas químicas na Síria foram rejeitadas nesta terça-feira (10) no Conselho de Segurança da ONU. Um delas, apresentada pelos Estados Unidos, propunha a abertura de um inquérito para apurar a culpa por tais ataques. A outra foi apresentada pela Rússia e propunha uma investigação separada após a qual o próprio Conselho de Segurança seria responsável por atribuir a responsabilidade dos ataques.
O texto dos americanos foi o primeiro a ser votado. Doze dos 15 membros do Conselho de Segurança votaram a favor, mas a Rússia, aliada da Síria na guerra civil de mais de 7 anos, usou seu poder de veto e teve o apoio da Bolívia. Já a China se absteve.
Para ser aprovada, uma resolução precisa de 9 votos a favor e nenhum veto de Rússia, China, França, Reino Unido ou Estados Unidos. Um veto só pode ser dado se um pedido ganhar pelo menos nove votos.
A proposta da Rússia foi submetida a votação em seguida. Nela, 6 membros foram favoráveis, 7 votaram contra e dois se abstiveram.
Em uma reunião do Conselho nesta segunda, Haley disse que os EUA vão responder ao ataque independentemente da decisão que o Conselho de Segurança tomar. EUA, França e Reino Unido acusam o governo de Bashar al-Assad de ser o responsável pelo ataque, o que Assad e a aliada Rússia negam.
O presidente americano Donald Trump anunciou nesta segunda que tomaria uma "decisão importante". Nesta terça, o francês Emmanuel Macron afirmou que está estudando "questões técnicas" sobre uma possível ação militar contra a Síria junto com os EUA e o Reino Unido.
Ataque contra Duma
O ataque em que um gás tóxico teria sido utilizado aconteceu no sábado e deixou dezenas de mortos e feridos. A acusação do suposto ataque químico contra o governo partiu do grupo rebelde sírio Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis.
Duma fica na região de Guta Oriental, onde desde fevereiro o governo sírio promove uma ofensiva para retomar o controle das mãos dos rebeldes. A cidade, que é a maior dessa região, é um dos últimos redutos dos combatentes que lutam contra Assad.
Os governos da Síria e da Rússia insistem em dizer que não houve ataque químico e disseram que estão dispostos a receber e facilitar uma visita segura de investigadores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) para estudar as denúncias.
Fonte: G1
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