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sexta-feira, abril 13, 2018

Advogado de Trump tenta impedir uso de materiais apreendidos em busca do FBI

Michael Cohen, advogado pessoal de Donald Trump, em foto de 19 de setembro de 2017 (Foto: Reuters/Jonathan Ernst)
Michael Cohen, advogado pessoal de Donald Trump, em foto de 19 de setembro de 2017 (Foto: Reuters/Jonathan Ernst)

Michael Cohen, advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está pedindo uma ordem de restrição temporária para buscas do FBI realizadas na segunda-feira em sua casa e escritório, informou um porta-voz do Departamento de Justiça norte-americano nesta sexta-feira (13).

A ordem poderia impedir o governo de usar os materiais apreendidos, segundo fonte com conhecimento da investigação.

A operação de buscas foi realizada após indicação do procurador especial Robert Mueller, que está investigando alegações de interferência russa na eleição norte-americana de 2016, em inquérito que também apura se a campanha de Trump conspirou com Moscou.

'Desnecessária'
Stephen Ryan, advogado de Cohen, declarou em um comunicado logo após a busca que a decisão de vasculhar o escritório de Cohen foi "totalmente imprópria e desnecessária".

Cohen foi advogado de Trump e seu confidente durante anos, e aconselha o atual presidente em negócios imobiliários e questões pessoais.

Cohen também disse que pagou US$ 130 mil à ex-atriz pornô Stormy Daniels dias antes da eleição de Trump, em 2016, para que ela se calasse sobre suposta relação que manteve com o magnata há dez anos.

Na semana passada, Trump rompeu seu silêncio sobre o pagamento a Stormy Daniels, cujo nome real é Stephanie Clifford, e negou ter pago qualquer valor à ex-atriz em troca de seu silêncio.

Sobre o pagamento feito por Cohen, o presidente declarou não saber.

'Ataque ao país'
Trump disse no começo da semana que a ação no escritório e na casa de Cohen foi "vergonhosa" e uma "invasão", apesar do mandado. O presidente usou ainda o termo "caça às bruxas" e afirmou que a investigação é um "ataque ao país, de certa forma".

Trump também criticou a equipe de Robert Mueller, a quem chamou de "o grupo mais tendencioso" que já viu. Segundo o jornal "Washington Post", Cohen está sob investigação por possível fraude bancária e violação de financiamento de campanha.

Fonte: G1

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