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sábado, março 10, 2018

Pai acusado de matar próprio filho durante brincadeira de 'roleta russa' em MS é condenado a 23 anos e 6 meses

Local onde corpo da criança foi encontrado em Coronel Sapucaia (MS) (Foto: Polícia Civil/Divulgação/Arquivo)

José Ladi Villagra Barboza, acusado de matar o próprio filho de 4 anos durante brincadeira de “roleta russa”, em dezembro de 2014 no município de Coronel Sapucaia, foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão em regime fechado.

O júri popular foi realizado na quarta-feira (7), no Tribunal do Júri de Amambai. Barboza respondeu por homicídio duplamente qualificado pela morte do filho, ocultação de cadáver, tentativa de homicídio contra a enteada e por porte ilegal de arma.

O crime ocorreu há três anos na Vila Nova, em Coronel Sapucaia, município de Mato Grosso do Sul na fronteira com Paraguai. Depois de balear o filho, o pai teria pegado a criança nos braços, ainda viva, e jogado em uma “grota”. Em seguida foi a um bar para consumir bebida alcoólica.

No julgamento, o réu negou ter ameaçado a enteada e disse que decidiu se desfazer da criança, jogando o corpo na grota, porque teria ficado apavorado. Barbosa afirmou que não havia percebido a munição no tambor ao limpar o revólver e a arma disparou e acabou atingindo o filho.

A defesa dele buscou a descaracterização de homicídio qualificado para homicídio simples, sob o argumento de que o disparo foi acidental como narrou o réu. O defensor Público Lucas Colares Pimentel, da Defensoria Pública de Ponta Porã, também tentou a descaracterização da tentativa de homicídio contra a enteada.

Segundo os autos, após consumir bebida alcoólica, o acusado teria pego o próprio revólver calibre 38, colocado uma munição no tambor e passado a praticar “roleta russa” com as crianças. Barboza tinha passagem pela polícia por receptação e porte ilegal de arma, todos em Campo Grande.

Os jurados acataram a denúncia do Ministério Público e condenaram o réu em todos os quesitos, inocentando apenas pela tentativa de homicídio contra a enteada.

O acusado estava separado estava separado da mãe biológica do filho na época dos fatos, mas sempre pegava o filho para passar conviver com ele na casa onde morava com outra companheira. Barboza está preso desde o dia do ocorrido e ainda pode recorrer do resultado do julgamento.

Fonte: G1

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