Três homens suspeitos de ostentar armas e assassinatos na internet morreram em um confronto com a Polícia Militar no domingo (4), em Goiânia. De acordo com a corporação, eles faziam parte de uma facção criminosa responsável por pelo menos sete homicídios. Outras três pessoas foram presas.
Segundo o comandante da Rotam, major Daniel Pires Aleixo, o grupo foi desarticulado após a corporação abordar um casal, que integraria a quadrilha, em um carro roubado. A Rotam afirmou que o automóvel seria usado em um homicídio. Na sequência, os policiais foram até uma casa onde os outros integrantes estavam.
Conforme Aleixo, chegando à casa, três pessoas saíram armadas atirando contra os policiais, que revidaram. Morreram no confronto Erick Rennistawber Urbano Vieira, de 24 anos, Walensson Fonseca dos Reis Oliveira, de 23, e Marrony Palhano Bezerra, também de 23 anos.
“Por este áudio, nós só temos um recado para dar a estes marginais. Se vierem com esta atitude, o destino será o mesmo dos companheiros deles: a morte”, disse o major.
Nos celulares apreendidos, a PM disse que encontrou vídeos e áudios do grupo ostentando armas e crimes (veja acima). Em uma das gravações, um jovem ameaçava “furar a Rotam [Rondas Ostensivas Metropolitanas] de cima a baixo” caso fosse abordado.
Erick Rennistawber Urbano Vieira, um dos mortos no confronto, ostentava armas nas redes sociais (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Prisões
Segundo o comandante, Matheus da Silva e Gabrielen Carvalho de Araújo foram abordados após passar pela barreira policial da GO-070. Matheus teria dito aos policiais que levaria o carro até a casa onde os outros estavam, no Setor Buena Vista, na região sudoeste da capital. A corporação foi até o local, onde houve a troca de tiros. Também foi presa Jennifer Ferraz Barreto, que estava na residência.
“Eles deram conta de que três pessoas que tinham participações em diversos homicídios na Região Metropolitana estavam em uma residência. Foi feito o adentramento a esta residência, onde foram identificados outros três indivíduos. No momento da identificação, eles estavam portando três armas de fogo”, contou.
Com o grupo foram apreendidos, além do Toyota Corola com registro de roubo, duas pistolas Glock 9 milímetros, sendo uma delas com carregador estendido, e uma pistola de uso da Polícia Civil. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil e aguarda um posicionamento sobre a apreensão do armamento.
Os membros do grupo mortos no confronto tinham, segundo a PM, passagens por roubo, adulteração, lesão corporal, receptação, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Trio morreu em confronto com a Rotam (Foto: Divulgação/Rotam)
Encomendas na cadeia
Os criminosos são suspeitos de cometer crimes a mando de detentos que cumprem pena na Ala B do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acordo com o comandante da Rotam, o grupo é apontado como autor de pelo menos sete homicídios, a maioria deles com ligação com os presos José Constantino Júnior e Sérgio Dantas, que cumprem pena no presídio.
“A gente tem a informação de que o mando desses homicídios vinha do sistema prisional. Um preso conhecido como Juninho e outro conhecido como Serginho. A gente faz o monitoramento. As ações deles são de roubo de veículo, para conseguirem valores e conseguirem armamento para fazerem homicídios na Região Metropolitana, mas a polícia está firme para combater a criminalidade”, explicou o comandante.
A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou, por meio de nota, que as apurações são de responsabilidade da Polícia Civil, mas que "não tem conhecimento sobre essa ligação entre os criminosos". Além disso, o órgão destacou que "apoia integralmente todas as investigações que visam combater a criminalidade dentro do sistema prisional".
Grupo morto em confronto ostentava armas e crimes na web (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Homicídios cuja autoria é ligada ao grupo:
Wermerson Pereira da Silva, Lion Rodrigues Krauss e Gabriel Gomes Pinheiro: os três jovens foram assassinados em Goianira, no dia 22 de dezembro de 2017.
Sérgio Rodrigues da Silva: morto na Vila Canaã, em Goiânia, em 28 de dezembro do ano passado.
Eghon Barbosa de Araújo: crime ocorreu no último dia 9 de janeiro, no Setor Sudoeste, na capital.
Danilo Rodrigues da Silva: morto a tiros na última segunda-feira (29).
Gustavo Duraes de Almeida e Luany Nazaret Menez: crime mais recente em que o grupo é suspeito. Casal foi morto no sábado (3), véspera da prisão dos criminosos.
(Fonte: Polícia Militar)
Carro roubado foi apreendido com grupo em Goiânia, Goiás (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Fonte: G1
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