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quinta-feira, fevereiro 08, 2018

PF não consegue desbloquear celular de Lúcio Vieira Lima e sugere envio do aparelho ao exterior

Relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) aponta que os peritos não conseguiram acessar as informações de um celular do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), apreendido em outubro do ano passado na residência do peemedebista, em Salvador.

O relatório foi incluído pela PF no inquérito que apura a participação de Lúcio e de seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), no caso do "bunker" que supostamente era utilizado pelos dois para esconder dinheiro de propina. Em uma operação, a PF encontrou no apartamento R$ 51 milhões escondidos em caixas e malas.

Segundo o documento, assinado pelo perito Fabio Caus Sicoli, o aparelho, de modelo iPhone 7, estava bloqueado com código numérico.

De acordo com o perito, "as ferramentas forenses atualmente disponíveis" para a PF somente desbloqueiam dispositivos com a versão 7 do iOS, o sistema operacional do aparelho. Essa versão foi disponibilizada para os celulares deste modelo em 2013.

Ainda segundo o relatório, a versão do sistema operacional do celular de Lúcio Vieira Lima é a iOS 10.2.1, "o que impossibilita, à época dos exames, o acesso ao conteúdo do aparelho sem que haja o fornecimento deste código de usuário".

Ao informar a impossibilidade de acessar as informações do aparelho, o perito indica que, atualmente, somente laboratórios no exterior podem realizar a análise.

"A Cellebrite, fabricante de equipamentos para extração forense de dados de telefones celulares e tablets, oferece um serviço que pode ser contratado para desbloqueio de iPhones e iPads com versões mais recentes do iOS. Esse serviço é executado em laboratórios certificados pela empresa e necessita que o aparelho bloqueado seja encaminhado para eles. Atualmente, existem laboratórios em Nova Jersey (EUA), Ottawa (Canadá), Munique (Alemanha) e em Israel", diz o relatório.

Outros casos
A PF já enfrentou problemas semelhantes ao tentar acessar informações nos celulares do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer, e de pessoas ligadas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Em agosto do ano passado, o ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a PF a submeter um aparelho do coronel Lima a um procedimento técnico para recuperação de dados.


No caso das pessoas ligadas a Aécio, a PF conseguiu autorização de Fachin para enviar os aparelhos para os Estados Unidos para tentar extrair dados que os peritos brasileiros não conseguiram acessar.

Fonte: G1

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