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quarta-feira, fevereiro 14, 2018

Inteligência dos EUA acredita que Rússia tentará intervir nas eleições de 2018

Diretores dos serviços de inteligência e segurança dos Estados Unidos concordaram nesta terça-feira (13) em assinalar que a Rússia não só tentou intervir nas eleições presidenciais americanas de 2016, mas voltará fazê-lo nas eleições legislativas que acontecerão em novembro deste ano.

A ligação entre pessoas próximas ao presidente americano Donald Trump e indivíduos relacionados com o governo de Vladimir Putin é investigada nos EUA pelo conselheiro especial Robert Mueller e alguns comitês do Congresso americano, para estabelecer se houve ou não influência de Moscou no resultado das últimas eleições americanas, das quais o empresário nova-iorquino saiu vitorioso.

Desde que assumiu o cargo, no início de 2017, o diretor da CIA, Mike Pompeo, defendeu que a Rússia tentou interferir nas últimas eleições, como "faz há décadas" e voltará a fazê-lo em futuras votações.

"Não acredito que isso vá mudar", disse Pompeo durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado, na qual foram analisadas as ameaças que os EUA enfrentam atualmente.

Perguntados sobre se tinham a mesma opinião do chefe da CIA, os diretores de Inteligência Nacional, do FBI, da Agência de Segurança Nacional (NSA), da Agência Geoespacial de Inteligência e da Agência de Inteligência do Departamento de Defesa foram taxativos: "sim".

'Estratégia perversa'

Dan Coates, diretor de Inteligência Nacional, fala nesta terça-feira (13) no comitê de Inteligência do Senado dos EUA (Foto: AP Photo/Andrew Harnik)
Dan Coates, diretor de Inteligência Nacional, fala nesta terça-feira (13) no comitê de Inteligência do Senado dos EUA (Foto: AP Photo/Andrew Harnik)

Neste sentido, Dan Coates, diretor de Inteligência Nacional, afirmou que as manobras de Moscou não só representam uma ameaça para os EUA, mas tentam "minar" os próprios fundamentos da democracia, por isso também afetam a comunidade internacional.

"Toda a Otan está preocupada com a ingerência russa e com seus esforços para minar a democracia", disse Coates, que se referiu à suposta operação do Kremlin como uma "estratégia perversa" que requer a "adoção de medidas".

"A Rússia continua usando propaganda e as redes sociais para piorar o cenário político e social nos EUA e tem as eleições de 2018 como alvo", avaliou Coates.

O diretor do FBI, Christopher Wray, destacou a importância de o governo e o setor privado trabalharem "em equipe" para evitar que Moscou possa aproveitar o poder da internet para conseguir seus objetivos.

"A realidade é que não podemos vigiar completamente as redes sociais", reconheceu Wray.

Fonte: G1

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