O governo federal anunciou nesta quarta-feira (28) a liberação de R$ 1 bilhão para a formação de professores.
Segundo o Ministério da Educação, serão oferecidas 190 mil vagas para formação de professores e de estudantes de cursos de licenciatura.
Até a última atualização desta reportagem, o MEC não havia explicado a origem dos recursos anunciados nesta quarta.
O evento de anúncio dos recursos aconteceu no Palácio do Planalto, e o presidente Michel Temer participou da cerimônia.
Segundo o MEC, os recursos anunciados nesta quarta serão investidos por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a partir de agosto, até 2019.
Ainda de acordo com o ministério, estão previstas:
45 mil vagas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid);
45 mil vagas no Programa de Residência Pedagógica;
100 mil vagas na Universidade Aberta do Brasil (UAB).
"O Ministério da Educação está destinando R$ 1 bilhão para política de formação inicial para essas três ações", afirmou a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães Castro.
Ela destacou, ainda, a necessidade de os professores dominarem o conteúdo que vão ensinar. Também é preciso, segundo a secretária-executiva, conhecer a realidade escolar.
"Em geral, o aluno sai da escola, da faculdade, sem nunca ter conhecido o funcionamento de uma escola de educação básica, nem público nem privada", disse.
'Grande alicerce'
Em um rápido discurso ao final do evento, o presidente Michel Temer afirmou que o investimento de R$ 1 bilhão na formação de professores reforça as ações do governo para melhorar o "sistema educacional do país".
"A formação de crianças e jovens é, na verdade, um grande alicerce para uma economia próspera, para uma democracia vibrante para uma cidadania plena", disse.
Curso a curso
No caso do programa de iniciação à docência, o objetivo do governo é permitir que o futuro professor tenha contato com o ambiente escolar ainda na primeira metade do curso.
Conforme Maria Helena Guimarães, os beneficiados devem estar nos dois primeiros anos do curso. A intenção é que os professores tenham "aproximação com a realidade escolar a partir do aprendizado" nas faculdades.
Na residência pedagógica, segundo o MEC, o objetivo é o "aperfeiçoamento do estágio curricular supervisionado", com a experiência do estudante, na segunda metade do curso, em escola de educação básica.
O estágio, até o momento, é feito em escolas da rede pública, segundo Maria Helena.
"Ela [residência pedagógica] tem um ciclo de formação que se estende por 18 meses. Durante os 18 meses os alunos receberão as suas bolsas", afirmou.
Nos dois programas, cada selecionado será acompanhado por um professor de escola com experiência na mesma área de ensino estudada. Os dois programas integram a Política de Formação de Professores, anunciada em outubro de 2017.
No caso das vagas na UAB, é oferecida capacitação para professores que atuam fora da sua área de formação. Os cursos são realizados à distância.
Alfabetização e ensino médio
Ao fazer um pronunciamento no evento, o ministro da Educação, Mendonça Filha, afirmou que nos próximos dias o governo federal vai lançar uma política para fortalecer a alfabetização.
"Crianças mal alfabetizadas têm estreitado o seu caminho em relação ao futuro", disse o ministro.
Mendonça também declarou que, até o final de março, pretende concluir a proposta de Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio.
"Espero entregar ao Conselho Nacional de Educação a nossa proposta para a base nacional, que será deliberada pelo conselho e depois retornará para homologação pelo Ministério da Educação", afirmou.
Fonte: G1
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