quarta-feira, janeiro 10, 2018

‘Nudes’ de vereador foram tiradas dentro de banheiro de Câmara, confirmam laudos

Os laudos das perícias feitas nas fotos com “nudes” em que aparece o vereador de Guapiara (SP) João Egidio Mendonça Teixeira (PSD) apontaram que as imagens não são montagens e que foram tiradas do banheiro da Câmara Municipal, segundo informou o presidente da Câmara Alexandre Martins de Oliveira (PP).

João Egidio é investigado por uma Comissão Processante (CP), que foi aberta no dia 14 de outubro do ano passado após votação em uma sessão ordinária.

A perícia ocorreu na última sexta-feira (5) por dois peritos de empresas distintas de Sorocaba (SP). Além das fotos, foram periciados computadores de funcionários.

“Na defesa prévia do vereador, o advogado solicitou que fosse feita perícia na foto para constatar se era montagem e perícia nos computadores de alguns funcionários, entre eles assessores de alguns vereadores. Contratamos os peritos e os laudos apontaram que as fotos não são montagem. Eles também verificaram que não há irregularidade nos computadores”, diz.

Agora, os vereadores que fazem parte da Comissão Processante encaminharão um relatório final ao plenário.

“Com o relatório final feito pela comissão, o vereador tem cinco dias para apresentar sua defesa. Depois dos cinco dias, a sessão ordinária para votar a cassação ou permanência do vereador poderá ser marcada. Acredito que até o final do mês marcaremos a sessão”, explica o presidente.

A reportagem do G1 tentou entrar em contato com o vereador, mas ele não atendeu às ligações.

Denúncia

Segundo o presidente da Câmara, um morador protocolou a denúncia contra o vereador no dia 23 de outubro.

“As conversas do parlamentar com as mulheres, além das fotos, estão circulando nas redes sociais. Na primeira conversa o vereador aparece trocando fotos íntimas. Na segunda trocando informações íntimas. Tudo indica que a foto foi tirada no banheiro da Câmara, o que é contra o princípio ético da casa”, disse o presidente ao G1.

Comissão Processante

Após a denúncia, a Câmara de Vereadores aprovou por unanimidade, durante sessão realizada no dia 24 de outubro, a abertura de Comissão Processante (CP) contra o vereador.

Participaram da votação nove vereadores e todos foram a favor da investigação. Após a votação, ficou definido que o vereador Orlando Luiz de Oliveira (PTB) fosse o presidente da comissão, o vereador José Pereira da Cruz (PT) o relator e que o parlamentar Antônio Leite (PSDB) também fizesse parte da investigação.

A CP tem três meses para investigar o caso e dar o parecer. Se o parecer for favorável, o caso voltará para o plenário para votação e o vereador pode ter o mandato cassado.

Fonte: G1

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