As lâmpadas de led à venda no Brasil inteiro agora precisam ter o certificado do Inmetro. A regra que valia para os grandes varejistas foi estendida a todo o comércio.
Elas brilham em milhares de lares brasileiros.
“Residencial e corporativo está em torno de 90% led, somente led, o cliente quer economia e durabilidade”, diz Paulo Tadeu Cuscianna, analista de produtos.
As lâmpadas de led são tão procuradas que ganharam o comércio popular de São Paulo. Uma variedade de lâmpadas - mas tudo sem garantia.
“Não tem garantia”.
“Não, mas dura bastante, um ano, oito meses”.
“Eu não vou falar para você que não dá defeito. Dá sim”.
E sem a certificação do Inmetro.
“Não trabalhamos com Inmetro ainda”.
As lâmpadas de led são fabricadas para durar bastante, quase três anos. Mas metade das comercializadas no país é irregular. Isso deve acabar. Agora os pequenos comerciantes não podem mais vender lâmpadas de led sem o selo de certificação do Inmetro. A norma já é seguida desde 2017 pelos grandes varejistas.
“Todos os fabricantes e importadores por obrigatoriedade têm que cumprir com essas normas”, explica Paulo César Mundel, diretor de marketing e vendas.
Um dos laboratórios autorizados pelo Inmetro para fazer os testes que fazem parte do processo de certificação é dividido em várias partes. Na primeira etapa, numa esfera é isolada toda a interferência externa do ambiente para poder medir a quantidade de luz gerada pela lâmpada, a eficiência dela.
“As lâmpadas vêm aqui para a sala de vida e permanecem aqui ligadas por três mil horas. Depois elas retornam para a esfera onde novamente é realizado o ensaio de fluxo luminoso”, diz Dalmo Macedo Terra, gerente técnico do laboratório.
São quatro meses de testes para conseguir a certificação. Sem essas garantias de eficiência, a gente corre o risco de segurança, diz Paulo César Mundel.
“Vai desde um produto pode dar um curto-circuito e pegar fogo numa casa até o mais básico que é comprar uma lâmpada para iluminar e você vai comprar um produto que vai acender e vai iluminar muito pouco. Quando o preço estiver muito barato, desconfie, desconfie porque não há milagre”, explica ele.
Fonte: Jornal Nacional
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