A cidade de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, é a segunda do país com maior saldo de contratações com carteira assinada em 2017, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho. A capital goiana aparece logo depois, na quarta posição.
O levantamento aponta que Aparecida de Goiânia teve 48.063 admissões em 2017, contra 43.721 desligamentos, ou seja, um saldo de 4.342 contratações. Já Goiânia registrou a assinatura de 202.189 carteiras de trabalho e 198.309 demissões, portante, houve a criação de 3.880 postos de trabalho.
Os índices acompanham os do estado. Goiás somou 473.417 contratações contra 454.566 demissões. Assim, o saldo ficou positivo em 18.851 vagas.
Aparecida de Goiânia e a capital estão entre os 3.181 municípios que contrataram mais do que demitiram no país. O panorama é oposto em outras 2.244 cidades brasileiras. Já 234 municípios tiveram a mesma proporção de perdas e admissões.
Após quase dois anos desempregada, Edinalva Barros foi contratada em 2017 (Foto: Paula Resende/ G1)
Entre os goianos que foram contratados em 2017 está a vendedora Edinalva de Carvalho Sousa Barros, de 40 anos. Ela foi demitida em junho de 2015 de uma empresa de autopeças, onde trabalhava como secretária, por causa da crise financeira, e só conseguiu um novo emprego em janeiro do ano passado.
“Mais pessoas que conheço foram contratadas no ano passado. Espero que a economia melhore para aumentar ainda mais as oportunidades”, disse Edinalva.
A vendedora Fernanda Lobo, de 20 anos, também enfrentou uma saga por emprego. Ela conta que distribuiu cerca de 100 currículos na Grande Goiânia até conseguir uma vaga em um shopping, em outubro do ano passado.
"Estava desesperada por um emprego, precisava de dinheiro. Agora estou bem, amo trabalhar aqui", disse a vendedora.
Goiânite teve um saldo positivo de quase 4 mil vagas (Foto: TV Anhanguera/ Reprodução)
Diferentemente delas, José Gonçalves da Silva, de 30 anos, ainda não conseguiu uma oportunidade de trabalho. Em fevereiro do ano passado, ele deixou o trabalho como ajudante de carga e descarga e, desde então, não conseguiu assinar a carteira novamente.
“Tenho aluguel, contas para pagar. Estou fazendo uns bicos, mas estou agoniado. Dá até depressão ficar dentro de casa”, lamenta.
Silva está entre os 14.656.731 brasileiros demitidos em 2017. Esse foi o terceiro ano consecutivo com perda de vagas formais. Entre 2015 e o ano passado, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos. No entanto, o resultado do ano passado foi o melhor em três anos.
Fonte: G1
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