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quinta-feira, janeiro 11, 2018

Diego Souza recebe camisa 9, mas diz que não escolherá posição no São Paulo

Principal contratação do São Paulo até o momento, Diego Souza foi apresentado nesta quinta-feira, no CT da Barra Funda. O meia-atacante assinou contrato por duas temporadas e terá a missão de substituir Lucas Pratto, vendido ao River Plate. Ele recebeu a camisa 9 do Tricolor das mãos do diretor executivo Raí.

– Sempre acreditei muito no meu trabalho, dar o meu melhor e ao longo da minha carreira mostrei isso. Isso não é surpresa pra mim, desfrutar com 32 anos com bom futebol – afirmou Diego Souza.

Apesar de ter chegado ao São Paulo recentemente, o jogador se colocou à disposição do técnico Dorival Júnior para atuar contra o São Bento, quarta-feira, em Sorocaba, pela estreia no Campeonato Paulista. No entanto, como não foi inscrito a tempo na CBF, ele está fora da partida. O mesmo acontece com o zagueiro Anderson Martins.

Raí e Diego Souza na apresentação no São Paulo (Foto: reprodução)
Raí e Diego Souza na apresentação no São Paulo (Foto: reprodução)

O Tricolor é o nono clube brasileiro na carreira de Diego Souza. Antes, ele passou pelos cariocas Flamengo, Fluminense e Vasco, pelos mineiros Atlético-MG e Cruzeiro e também por Grêmio, Palmeiras e Sport.

– A escolha pelo São Paulo, sem dúvida, pela história. É um time que está sempre disputando títulos. Por mais que tenha tido dificuldade ano passado, isso não é normal. Para alcançar seus objetivos pessoais, você tem que estar em um grande time. Para ajudar e ser ajudado – disse.

Nesse primeiro semestre, Diego Souza tem o objetivo de se destacar para chamar a atenção do técnico Tite. O meia-atacante é um dos jogadores que ainda tem chance de conseguir uma vaga na seleção brasileira para a Copa do Mundo.

Ao longo de sua carreira, Diego Souza passou por uma transformação tática. Começou como meia mais defensivo, quase um volante, depois avançou um pouco mais para armação até chegar a jogar de centroavante.

Diego Souza é apresentado no São Paulo (Foto: Maurício Rummens / Estadão Conteúdo)
Diego Souza é apresentado no São Paulo (Foto: Maurício Rummens / Estadão Conteúdo)

No São Paulo, a comissão técnica pensa no jogador mais como substituto de Pratto do que de Hernanes, por exemplo. O Profeta voltou para o chinês Hebei Fortune.

– Tive poucas conversas com Dorival, mas ele me conhece. Não estou preocupado em jogar de 9, 10 ou pelo lado. Quero jogar e estar bem ajudando da melhor maneira. O Tite me conhece, joguei muito contra e nas últimas convocações estive junto. Não estou muito preocupado com isso. Quero jogar bola e bem, ajudando da melhor maneira.

Como seu contrato não foi registrado na CBF e na Federação Paulista até a noite da última quarta-feira, Diego Souza não tem condições legais de participar da estreia do São Paulo no Paulistão, quarta-feira, dia 17, contra o São Bento, em Sorocaba.

Leia outros trechos da entrevista:
Exercerá função de líder e capitão?
– É relativo. Venho com experiência, sim, para ajudar os meninos e os companheiros. Vamos conversar bastante. Mais importante é ajudar da melhor maneira, sendo esse líder ou não, vou dar o meu melhor.

Outros clubes brasileiros procuraram?
– Minha escolha foi uma conversa que tive com Raí, um atleta fora de série, um ídolo que viveu tudo que um profissional pode viver no futebol. Campeão do mundo e com a experiência que ele teve. Conversamos muito. Passei meus objetivos de carreira, trocamos ideias e isso ajudou muito para estar aqui hoje. A confiança que me passou, a felicidade que fiquei de poder vir para cá. Tudo isso possibilitou a proposta. Todos sabem do carinho que tenho pelo Sport, família adaptada, cidade maravilhosa, mas chega um ponto que tem de tomar decisão. Tenho objetivo de jogar a Copa do Mundo, mas o principal é estar aqui de corpo e alma, ajudando a buscar títulos que é tradição do São Paulo.

Pressão no São Paulo
– Situação complicada até um certo ponto. Nas últimas rodadas até poderia estar disputando Libertadores, estava brigando pelo número de vagas. Objetivo desse ano é organizar rapidamente o time e brigar, porque não é comum o São Paulo estar há tanto tempo sem levantar um título.

Substituto do Pratto
– Substituto cada um tem a sua característica. Se tiver de jogar de 9, estou acostumado, de 10 também. Fica mais para o Dorival, onde sentir à vontade de me usar estou à disposição 100%.

Superar meta de gols é a melhor forma de conquistar a toricda substituir Jesus?
– Tenho que estar bem e ajudando. Seja como armador ou centroavante. Não vejo muito números. Não acompanho muito nem os meus. Tem que fazer gols e ajudando assim. Só assim pode conquistar o seu torcedor como uma vaga na seleção brasileira.

Mudanças constantes de clubes na carreira: como vê?
– Mudei, passei por alguns clubes, a maioria dentro do país. Duas vezes nessa mudança foi por questões burocráticas, fui para arábia, clube não pagou e tive de voltar. Na Ucrânia fiquei uma temporada e pela guerra a equipe do Metalist acabou não existindo mais. São questões de oportunidade. Meu passe era de uma empresa e isso fazia com que eles tivessem porcentagem de vendas. Tudo foi aprendizado. Nos últimos tempos dei uma assentada numa cidade, isso é bom. Não fica nessa loucura, correria de arrumar casa, escola, se adaptar rapidamente. É muito melhor estar adaptado e tranquilo num lugar.

Diego Souza em treino no CT da Barra Funda (Foto:  Érico Leonan / saopaulofc.net)
Diego Souza em treino no CT da Barra Funda (Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net)

Dá para fazer mais de 21 gols se for o 9?
– Gosto de fazer gols. Normal. Mas não estabeleço uma meta, quero ajudar com assistências e gols. Dá para superar, com o time qualificada que o São Paulo tem, sempre quer superar a melhor a temporada.

Fisicamente quanto tempo para jogar?
– Estou treinando e trabalhando. Se precisar de mim no jogo de quarta estou à disposição. Não tem o que pensar. Só pega forma jogando 90 minutos com ritmo.

Nota da Redação: Diego Souza não foi inscrito a tempo na CBF e por isso não tem condições legais de atuar na partida contra o São Bento, em Sorocaba, pela estreia no Paulistão.

Tinha alguma relação fora de campo com Scarpa
– Não tive contato com Scarpa. Ele foi na volta que tive para o Fluminense: foi pouco tempo. É amigo mas não tive contato. Grande atleta e jogador, sem dúvida vocês falando que eu tenho de fazer gol, é um cara que ajudaria bastante.

Como acha que está em relação à Copa: perto ou longe?
– Não tenho essa dimensão. Continuo sonhando e acreditando. Fui convocado ano passado algumas vezes. Com chance, esperançoso.

Anderson Martins e relação com o Palmeiras
– Ajuda muito na saída de bola, é um craque, faz a bola chegar redonda na frente. Quanto ao nosso rival, faz oito anos que saí do Palmeiras. A minha história vai existir por aquele momento, mas hoje é passado, tenho um clube de tradição e com muita ambição pra buscar os seus objetivos.

Negociação com Palmeiras
– Era meio de temporada. É difícil sair de onde você está adaptado e bem. Não sabia se era o que queria. Acabou o ano, tivemos um ano difícil lá. Tive essa conversa com Raí e sem dúvida nenhuma trocamos essa ideia e isso me fez acreditar no projeto, e vir ser feliz aqui no São Paulo.

Mais sobre Seleção
– Mais importante é começar bem o ano e mostrar que tem condições. Infelizmente teve essa contusão do Gabriel (Jesus). Não sei se estará à disposição nos amistosos. Se não estiver, mais uma chance de mostrar.

Fonte: Globo Esporte

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