O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste domingo (3) que os partidos que apoiam o governo do presidente Michel Temer vão trabalhar até quarta ou quinta-feira em busca dos votos de deputados para aprovar a reforma da Previdência. A expectativa de Maia é votar o projeto ainda em dezembro.
Maia promoveu um jantar neste domingo, que teve a presença de Temer, ministros, deputados e presidentes de partidos aliados do governo, como DEM, PP, PTB, PSC, PSDB e PRB.
“A gente sai da reunião de hoje com uma expectativa muito grande de conseguir reunir os votos desses partidos que somam mais de 320 votos. Acho que a gente passa a de forma organizado a ter condições de trabalhar a votação da reforma da Previdência”, disse Maia.
Empenhado nas negociações, o presidente Michel Temer participou do jantar deste domingo e, mais cedo, reuniu ministros e presidentes de partidos em um almoço no Palácio da Alvorada. Existe a expectativa de mais um jantar na próxima quarta-feira (6) para discutir a aprovação da reforma.
Busca por votos
Segundo o presidente da Câmara, durante a semana os partidos vão intensificar as conversas para garantir os votos, seja fechando questão ou tentando convencer os deputados da importância da reforma.
Maia pretende até quinta ter um quadro dos votos que o governo dispõe. Por se tratar de uma emenda à Constituição, a reforma da Previdência exige ao menos 308 votos e duas votações na Câmara.
“Todos os partidos vão trabalhar de hoje até quarta ou quinta-feira para que a gente possa na quarta à noite ou na quinta de manhã ter uma análise melhor de quantos votos a gente tem”, afirmou Maia.
Maia demonstrou otimismo para votação. Na última semana, ele afirmou que faltavam muitos votos para aprovar a reforma.
O presidente da Câmara preferiu não se comprometer com uma data para votação da proposta em plenário. O governo tenta viabilizar a análise do texto para a próxima semana, entre os dias 12 e 14.
Maia evitou projetar quantos votos o governo teria neste momento, apenas manifestou a expectativa de análise até o final do ano.
“Eu espero que a gente tenha condições de votar a reforma esse ano com um resultado que vai ser fundamental para o futuro do Brasil”, declarou.
Reforma mais enxuta
A nova versão da reforma da Previdência apresentada pelo governo recementente é mais enxuta que a proposta anterior, estabelece um tempo mínimo de contribuição 10 anos menor para trabalhadores do INSS em relação aos servidores públicos e poupa todos os trabalhadores rurais.
Principais mudanças
O governo cedeu em vários itens em relação a sua proposta inicial, reduzindo a reforma a quatro pontos principais:
Idade mínima de aposentadoria, com a regra de transição até 2042; 62 anos para mulheres e 65 para homens (INSS e servidores); 60 para professores de ambos os sexos; 55 anos para policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde;
Tempo mínimo de contribuição de 15 anos para segurados do INSS e de 25 anos para servidores públicos;
Novo cálculo do valor da aposentadoria, começando de 60% para 15 anos de contribuição até 100% para 40 anos;
Receitas previdenciárias deixam de ser submetidas à DRU (Desvinculação de Receitas da União)
Fonte: G1
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