O empresário do setor de ônibus do Rio de Janeiro Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) Lélis Teixeira deixaram a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio de Janeiro, na noite deste sábado (2) por volta das 22h40.
A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária após o alvará de soltura chegar às 22h15 ao local. A liberação ocorreu depois de o Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandar soltar Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira pela terceira vez.
Gilmar Mendes já havia determinado em agosto, por duas vezes, que os dois fossem soltos. Mas decisões judiciais os levaram à prisão novamente.
Barata Filho e Lélis Teixeira são alvos da Operação Ponto Final, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Os dois são suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção que atuou no setor de transportes do RJ, com a participação de empresas e políticos do estado, que teria movimentado R$ 260 milhões em propina.
Após a decisão de Gilmar Mender, a defesa de Barata Filho disse, em nota, que o despacho "comprova que o STF é o guardião maior das garantias individuais".
Histórico de prisões
Lélis Teixeira e Jacob Barata Filho estavam presos desde 14 de novembro, quando ocorreu a Operação Cadeia Velha. Naquele dia, também tinha sido preso Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani. O presidente da Assembleia Legislativa do Rio chegou a ser levado para depor na PF.
Antes, em julho deste ano, Teixeira e Barata Filho já tinham sido presos na Operação Ponto Final, que apurava pagamentos de propinas no setor de transportes no Rio. A prisão do empresário do ramo de transportes se deu na área de embarque do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), quando esperava o voo para Lisboa, em Portugal.
Barata Filho faz parte da segunda geração da família do “Rei do Ônibus”. Os negócios do clã são comandados pelo Grupo Guanabara, fundado por Jacob Barata em 1968. A família domina as operações de linhas de ônibus no Rio há quase 50 anos.
O nome da família Barata já tinha aparecido no vazamento de dados bancários SwissLeaks. Na época, divulgou-se que Jacob Barata Filho, junto como os pais e os irmãos, teria tido uma conta conjunta com US$ 17,6 milhões no HSBC de Genebra, na Suíça. A família não confirmou a informação.
Fonte: G1
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