A modesta igreja no Texas onde um homem armado matou 26 pessoas no último dia 5 foi reaberta no domingo (12) com uma cerimônia de homenagem às vítimas, dando ao público o primeiro vislumbre do local onde ocorreu um dos ataques a tiros em massa mais chocantes da história dos Estados Unidos.
Sinais do massacre que, segundo autoridades, deixou 20 feridos além das vítimas fatais, foram apagados na Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs após esforços de uma semana para transformar o santuário devastado em um altar de homenagem às vítimas.
Todos os bancos, carpetes e equipamentos da Igreja foram removidos, e os chão ainda estava molhado das camadas de tinta fresca. As janelas também foram pintadas com aquarelas.
Cadeiras dobráveis brancas foram espalhadas pela igreja, cada uma marcando o exato local onde o corpo de uma vítima foi encontrado. Uma única rosa, decorada com uma fita branca, adornava cada cadeira, que tinha o nome da vítima escrito em dourado, junto com uma cruz vermelha, pintada em sua parte de trás.
Enquanto membros da mídia eram escoltados, quatro pessoas de cada vez, pela capela, uma gravação podia ser ouvida lendo versos de escrituras sagradas. Do lado de fora, sob constante chuva, cerca de 100 familiares e outras pessoas esperavam para prestar suas homenagens.
Esforço coletivo
Equipes de construção trabalharam sem parar por 72 horas para deixar a igreja "apresentável para aquelas famílias", disse o pastor associado Mark Collins.
Anteriormente, o pastor Frank Pomeroy havia liderado um grupo de cerca de 500 pessoas para o culto de domingo em uma tenda erguida em um campo esportivo a apenas alguns minutos da igreja.
"Nós temos a liberdade de pegar aquele prédio que foi atacado, transformá-lo através do amor de Deus e em um memorial, para lembrar todos, para que nunca se esqueçam - o amor nunca falha", disse o pastor.
Pomeroy estava fora da cidade no momento do ataque, mas sua filha de 14 anos estava entre os mortos por Devin Kelley, um ex-oficial da Força Aérea dos EUA expulso do serviço após ser condenado em 2012 por agredir sua mulher e enteado. Após o massacre, Kelley se matou.
"A mídia está impressionada porque nós não estamos com raiva, não estamos pedindo por isso ou aquilo", disse Pomeroy, com um ar de desafio misturado com um visível luto. "Pessoal, nós temos a liberdade de escolher, e ao invés de escolher a escuridão, como um jovem homem fez naquele dia, eu digo que nós escolhamos a luz".
Fonte: G1
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