Relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da denúncia contra o presidente Michel Temer, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) contestou críticas de que não seria isento para exercer a função porque supostamente já tem opinião formada. Ele disse que os demais parlamentares “não podem ser profetas” para saber qual será a posição dele.
Mais cedo, durante reunião da comissão, a escolha de Andrada como relator foi questionada por parte dos deputados, que consideram que ele já deu indicativos de que pretende barrar a denúncia. Deputados do próprio partido de Andrada, o PSDB, cogitam substituí-lo.
“Eles não podem saber o futuro. Eles, por melhores que sejam, não podem ser profetas, não podem saber qual seria a minha posição”, afirmou Andrada.
Como relator, caberá a Bonifácio elaborar um parecer a favor ou contra o prosseguimento da acusação para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois de votado na CCJ, o parecer seguirá para o plenário da Câmara. A escolha de Andrada, governista, agradou ao Palácio do Planalto. Na votação da primeira denúncia contra Temer, ele votou a favor do presidente.
Temer é acusado de organização criminosa e obstrução à Justiça. Também são alvo da denúncia os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), que respondem por organização criminosa.
Por se tratar do presidente da República, é necessária a autorização da Câmara dos Deputados para que o STF possa analisar a denúncia.
Bonifácio se reuniu nesta tarde com assessores técnicos para se inteirar dos procedimentos. A expectativa é que a defesa seja entregue por escrito nesta quarta-feira (4). Se isso se confirmar, a partir daí, a CCJ terá prazo de cinco sessões do plenário para que o relator apresente o seu parecer, que será discutido e votado.
Fonte: G1
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