Na tarde da última sexta-feira, 22 de setembro de 2017, o presidente da Câmara Municipal de Itaú, Ítalo Medeiros, frustrou os planos dos vereadores de oposição que estavam ansiosos para abertura/instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o Prefeito Ciro Bezerra, em relação ao RPPS (Regime de Previdência Própria Social), que de acordo com o requerimento, seria para apurar erros no RPPS.
O que os vereadores da oposição não
esperavam, era que o mesmo não entraria em votação naquela tarde, onde o
vereador Gildo Pinheiro convidou os presentes à sessão para permanecerem e
testemunhassem a instauração da CPI, vindo a surpresa logo em seguida com o
deferimento do pedido dos vereadores: Arivan Brasil, Branco Basílio, Gildo
Pinheiro e Paulo Moreira.
A surpresa veio após a leitura do
requerimento quando o Presidente Ítalo Medeiros anunciou que o mesmo não entraria
em votação, que segundo o Edil, o documento não preenchia vários pontos
necessários para abertura/instalação de uma CPI. Lendo em seguida a decisão
causando insatisfação aos vereadores da oposição.
Contrário a decisão do presidente, o
vereador Branco Basílio disse estar preocupado com a sonegação do assessor
jurídico da casa, se negar a redigir um requerimento, sugerindo que os
vereadores tivessem procurado outro advogado para fazê-lo.
“Mim preocupa também, é a sonegação
da pessoa que representa essa casa, principalmente é quem nos faz o requerimento
que nos sonega de fazer o requerimento no dia de ontem... Na minha opinião
colega Gildo, nós era pra ter colocado um advogado para fazer esse requerimento”.
Disse Branco Basílio.
As palavras do Edil desagradou o
presidente que pediu espaço para fazer alguns esclarecimentos, dizendo que o
vereador usou palavras fortes demais ao dizer que o advogado da Casa
Legislativa (Kadson Eduardo) sonegou informações, esclarecendo que o mesmo
estava de atestado médico e com pneumonia, explicando os motivos pelo qual o
assessor não estava presente naquela semana à sessão, e que o vereador Gildo
Pinheiro estava apto a fazer o requerimento, como solicitado, que o mesmo
recebia e o protocolava, como assim o fez.
Ítalo lamentou o fato do requerimento
não está de acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal. Gildo Piheiro
tomou a palavra e em tom irônico disse que o presidente, entendedor do
Regimento Interno, não poderia debater qualquer assunto, sem antes passar a
presidência para o vice. Branco Basílio pediu desculpas, pois não tinha sido
informado do ocorrido com o vereador Gildo Pinheiro.
O Vereador Arivan Brasil disse que o
advogado não fez o requerimento por medo e falta de interesse em resolver o
problema o RPPS, pois tinha ligado para o colega vereador Gildo Pinheiro e não
fazia; questionando porque o presidente queria mudar o dia e horário da sessão
e porque o assessor estava de atestado.
“Ele ligou para o colega Gildo e
disse que não fazia... isso é um interesse muito pouco de resolver o problema
de vocês... ficam mudado de hora, mudando de dia de reunião, tentando fazer uma
coisa, tentando fazer outra. Porque que esse advogado estava de atestado? Ele não
podia fazer ali no computador dele um requerimento concreto? Uma CPI concreta? Com
requisitos, com as leis normais? Eu acho pouco interesse, é pouco interesse de
resolver o problema do RPPS; é medo, é medo de uma fiscalização de uma CPI!”
Denunciou Arivan Brasil.
Insatisfeito com o veto do pedido, Gildo
Pinheiro disse que a casa está claramente conivente com o poder municipal,
dizendo que se o Presidente leu o Regimento da casa, o mesmo leu de cabeça para
baixo, pois jamais o presidente poderia usar o poder da presidência para retirar
o requerimento que pede a formação de uma comissão, sendo superior a Lei.
“Não é só de hoje que nós tentamos
resolver essa situação! Tá claramente que a casa está conivente com essa
situação junto com o poder municipal, o prefeito. A pessoa que leu o regimento
interno dessa casa (se foi o senhor presidente desta casa eu tenho que mim
referir a ele porque está assinado por ele) leu de cabeça para baixo... Então
jamais senhor presidente, você poderia dizer, usado o seu poder de presidente e
retirar o requerimento que pede a formação de uma comissão, jamais, em hipótese
nenhuma, você pode ser superir a Lei”. Disparou Gildo.
Gildo acusou o presidente de estar
conduzindo a casa com “mão de ferro”, quebrando o regimento da casa, pedindo
para o mesmo leia o regimento com clareza e tome mais cuidado. Porque em outra
vez, os vereadores não votaram um requerimento pedindo para que o prefeito
viesse a casa legislativa explicar para onde estava indo o dinheiro descontado
do funcionalismo público? Sendo que o município estava previsto para receber 18
milhões de reais por ano, um milhão e meio de reais por mês.
“Senhor presidente, o senhor vem
administrando esta casa com mãos de ferro, quebrando o regimento interno. Não é
a primeira vez que o senhor faz isso, porque em outra vez o senhor proibiu do
colega Arivan falar. Mas hoje está absurdo senhor presidente! Eu peço ao senhor
que leia o regimento interno da casa mais claro... Senhor presidente, tome mais
cuidado com o que o senhor anda fazendo nessa casa, tome mais cuidado. Eu não
quero prejudicar vossa excelência, jamais, e nem ninguém e nem a administração
pública, não quero de maneira alguma, não é o meu pensamento, nem a minha
ideologia. Eu não faço isso com ninguém, mas eu não quero prejudicar essas
pessoas que estão aqui nos ouvindo não, vendo a sua atitude aqui, vendo a
atitude dos seus colegas, que eu repassei que pedi um requerimento simplesmente
pra o prefeito dar uma resposta, onde era que estava sendo aplicado o dinheiro?
Ou o que estava sendo destinado? Porque tanto atraso? Se o município de Itaú tá
recebendo para esse ano 18 milhões o que está previsto. Hum milhão e quinhentos
por mês...” Denunciou Gildo.
Gildo Pinheiro encerrou sua fala
dizendo que ia tomar suas providências contra a quebra de decoro parlamentar. E
se os vereadores estiverem defendo os erros do prefeito serão responsabilizados
também.
Para nós eleitores é interessante ver
o cenário que os nobres vereadores montam e esperam que o povo aplauda de pé os
seus interesses; desde sempre o que vemos na política brasileira é uma
politicagem regida pelos interesses desses políticos que hoje “simulam uma
briga” na intenção de fazer uma lavagem cerebral nas pessoas. Infelizmente uma
grande maioria dos nossos eleitores, cai nas artimanhas dos políticos que nos
fazem entender que lutam a nosso favor.
Na Câmara Municipal de Itaú-RN nós vemos
constantemente essas ações, onde os vereadores usam o nome do povo e no final
acabam se perdendo por suas próprias palavras. E quando os argumentos parecem
acabados o jeito e partir para o vale tudo: denegrir, magoar, desrespeitar sem
se lembrar que todos somos falhos.
O mais bonito de se ver em cessão é o
quão são contraditórios em suas palavras, onde hoje eu poderia apresentar a
fala de cada um e confrontar com eles mesmos em outros momentos, porém, sei que
não resolveria o problema, apenas aumentaria o meu fã clube de insatisfeitos,
mas quem sabe em uma outra oportunidade, em um outro momento. Pois nunca mim
arrependi em saber esperar.
A nossa cidade só tomará novos rumos,
quando verdadeiramente os políticos descobrirem o verdadeiro significado de
administrar para todos, enquanto isso, presenciamos essa hipocrisia, que os
políticos preferem dizer: “FAZER A VONTADE DO POVO”.
Arlindo Maia da Redação do Cidade
News
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