O Ministério da Defesa da Coreia do Sul informou nesta segunda-feira (4) que a vizinha Coreia Norte prepara um novo lançamento de míssil, após o teste nuclear com uma bomba de hidrogênio, no domingo (3).
"Nós continuamos a ver sinais de um possível novo lançamento de míssil, inclusive um míssil balístico de alcance intercontinental", afirmou o ministro Chang Kyung-soo, de acordo com a TV britânica BBC.
O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-Moo, afirmou nesta segunda-feira acreditar que a Coreia do Norte miniaturizou com sucesso uma arma nuclear, ao tamanho de uma ogiva. "Acreditamos que entra em um míssil balístico intercontinental", afirmou Song Young-Moo aos deputados no Parlamento, segundo a France Presse.
Kim Jong-Un inspeciona suposta bomba de hidrogênio em foto divulgada no sábado (2) (Foto: KCNA via REUTERS)
A possibilidade do lançamento de um novo míssil pelo governo de Kim Jong-un é cogitada um dia após o anúncio da realização do sexto e mais potente teste nuclear até agora, com uma bomba de hidrogênio.
A ação, que provocou um tremor de magnitude 6,3 no território norte-coreano, provocou uma grande consternação na comunidade internacional.
Uma fonte sul-coreana afirmou à AFP que a potência da explosão do teste nuclear norte-coreano está estimada em 50 quilotons. Esta quantidade de energia representaria cinco vezes mais que o último teste nuclear realizado por Pyongyang em setembro do ano passado, e três vezes mais que a bomba americana que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.
O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta segunda-feira para discutir punições ao governo de Pyongyang e os Estados Unidos prometeram uma ação 'esmagadora', com uma resposta militar maciça se Kim Jong-un atacar.
TV estatal da Coreia do Norte divulgou imagens do líder Kim Jong-un assinando autorização para a realização do teste nuclear (Foto: Reprodução/BBC)
Suíça pronta para mediação
A Suíça está preparada para agir como mediadora para ajudar a resolver a crise da Coreia do Norte, inclusive sediando conversas ministeriais, disse a presidente suíça, Doris Leuthard, nesta segunda-feira, segundo a Reuters.
"Nós estamos prontos para oferecer nosso papel como um mediador. Agora realmente é a hora de se sentar a uma mesa. As grandes potências têm uma responsabilidade", disse Leuthard, em coletiva de imprensa.
Leuthard disse que soldados suíços foram mobilizados para a área de fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, lembrando que o país tem um longo histórico de diplomacia neutra. Entretanto, os Estados Unidos e a China precisam assumir sua parte da responsabilidade, disse.
Temor de substâncias radioativas
Japão e China não detectaram em seu meio ambiente substâncias radioativas procedentes do teste nuclear norte-coreano, segundo a France Presse.
"Não detectamos nada em particular nos monitoramentos realizados no país", afirmou Yoshihide Suga, porta-voz do governo japonês.
A China chegou à mesma conclusão: "Os resultados de nossas observações mostraram que o teste nuclear da Coreia do Norte não teve impacto no meio ambiente de nossa nação, nem sobre a população", afirmou o ministério chinês do Meio Ambiente.
O ministro japonês da Defesa, Itsunori Onodera, afirmou no domingo que aviões de detecção da Aeronáutica haviam iniciado uma operação para monitorar a situação, assim como várias agências.
Fonte: G1
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