Um ex-gerente da Caixa Econômica Federal em Santos, no litoral de São Paulo, está sendo processado pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa. Ele é apontado como o responsável por desviar R$ 127 mil de ganhos de correntistas da instituição.
Segundo a Procuradoria, as irregularidades começaram em 2012, quando Fábio Garcia da Costa atendia empresários na agência de um shopping do bairro Aparecida. Os desvios, porém, foram descobertos no fim de 2014, quando ele já estava na unidade do bairro Valongo.
Um procedimento da própria instituição identificou as ações ilícitas. "A própria corregedoria da Caixa nos informou os fatos. As provas estavam muito maduras, caracterizando a improbidade cometida pelo funcionário", fala o procurador Thiago Lacerdeda Nobre.
As investigações apontaram que Costa realizou estornos e ressarcimentos de tarifas e juros, além de outras transações, que ocasionaram prejuízo direto ao banco. Foram prejudicados mais de dez clientes, que desconheciam os atos e tinham até assinaturas falsificadas.
"Trata-se de um golpe bem antigo. Às vezes, pela confiança e prerrogativas dadas a um gerente, ele pode gerir o capital dos clientes. Então, ele se aproveitava desse acesso para transferir para uma conta própria esses ganhos", explica o procurador, responsável pelo caso.
Ao final da apuração da corregedoria, ele foi demitido do banco por justa causa. Desde então, existe um inquérito na Polícia Federal, que informou ainda não ter prazo para concluí-lo. Em paralelo, o MPF resolveu entrar com a ação civil na Justiça, para recuperar o valor perdido.
Fábio, agora réu, terá que responder ao processo na 3ª Vara Federal de Santos por enriquecimento ilícito. Se condenado, ele deverá ressarcir as perdas do banco, que teve de arcar com o prejuízo dos clientes, e perderá os direitos políticos (trabalhar em estatais ou se candidatar).
Por meio de nota, a Caixa confirmou que demitiu o gerente em 2015, após procedimentos internos. "O ex-empregado Fábio Garcia da Costa foi arrolado no Processo Disciplinar para apuração de eventuais irregularidades em registros contábeis, bem como possíveis irregularidades na concessão de operações de crédito", informou.
O G1 não conseguiu contato com Fábio nem com sua defesa.
Fonte: G1
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