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quarta-feira, junho 14, 2017

Gecoc faz operação contra desvio de recursos na área da saúde em Alagoas

Operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. (Foto: Divulgação/MP-AL)

Uma operação policial cumpriu mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (14) para desarticular um esquema de desvio de recursos na área da saúde. As buscas foram feitas nas prefeituras de Passo de Camaragibe, Girau do Ponciano e Mata Grande, além de três residências e uma empresa de Arapiraca.
A ação ganhou o nome de "Sepse", que significa infecção generalizada e foi realizada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) cumpriu sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.
As investigações começaram no mês de março pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexo (Gaesf), mas foram transferidas para o Gecoc porque um homem passou a ser suspeito de integrar uma organização criminosa.
Em depoimento prestado ao Ministério Público, esse homem, que não foi identificado, resolveu colaborar com as investigações. Ele contou que foi convencido por um empresário a montar uma empresa de fachada com o objetivo apenas de vender notas fiscais frias em troca de uma determinada quantia em dinheiro.
A empresa deveria fornecer, supostamente, medicamentos para as prefeituras de Mata Grande, Passo do Camaragibe e Girau do Ponciano. No entanto, ela jamais vendeu os remédios, apesar de emitir nota fiscal em valores que, do segundo semestre de 2016 até o início deste ano, já ultrapassaram R$ 2 milhões.
Segundo o Gecoc, a empresa “fantasma”, chamada RR Distribuidora, começou a operar em julho de 2016. Ela emitia notas fiscais a pedido do empresário. As investigações descobriram que na empresa nunca foi realizada qualquer compra.
Segundo o MPE/AL, o homem que prestou depoimento confessou que os produtos que deveriam ser adquiridos pelas prefeituras eram remédios destinados a pacientes de baixa renda.
As fraudes teriam ocorrido em gestões passadas dos municípios onde foram feitas buscas. Os nomes dos suspeitos de envolvimento no esquema foram mantidos em sigilo e as investigações continuam.

Fonte: G1

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