O clichê chega a ser irritante, mas o tal do "água mole em pedra dura..." castigou a Chapecoense no início da luta pelo bicampeonato da Copa Sul-Americana. Com um a menos durante quase todo segundo tempo, depois da expulsão de Girotto, o Verdão até conseguia espantar os problemas defensivos e segurar o 0 a 0 contra o Defensa y Justicia na noite desta quinta-feira, pela segunda fase, na Grande Buenos Aires. Conseguia até os 49 do segundo tempo, quando Stefanelli voou para fazer 1 a 0, decretar a quarta derrota consecutiva dos brasileiros e colocar os argentinos em vantagem.
COMO FICA?
Com a vitória, o Defensa y Justicia joga pelo empate, no próximo dia 25, na Arena Condá, para avançar às oitavas de final da Copa Sul-Americana. Quem se classificar terá pela frente Flamengo ou Palestino, que iniciam o confronto na próxima semana, em Santiago, no Chile. Agora, a Chape volta suas forças para o Brasileirão, onde busca a reabilitação contra o Fluminense, segunda-feira, às 20h (de Brasília), em Edson Passos.
PRIMEIRO TEMPO
Um time bem mais equilibrado e compacto. Não que a Chapecoense tenha encantado, mas já foi muito mais organizada no primeiro tempo na Argentina do que nas últimas três partidas. Com os três homens de meio-campo e ataque bem próximos, o time se mandou para cima do Defensa y Justicia, mesmo como visitante, sem deixar espaços na defesa. Foram poucas as vezes que o goleiro Gabriel Arias trabalhou, é verdade - assim como Jandrei. Mas o que se viu nos 45 minutos iniciais foi um time seguro e que ditou o ritmo de jogo.
As melhores oportunidades, como de costume, surgiram em jogadas aéreas. Fosse nos laterais cobrados por Reinaldo ou pelos avanços de Apodi, a Chape tentou pressionar o Defensa, mas faltava poder de jogo. Os argentinos, por sua vez, tentavam encontrar espaços nas costas da zaga em lançamentos longos. Não deu certo, e a melhor oportunidade foi desperdiçada por Rivero após cobrança de escanteio.
SEGUNDO TEMPO
O equilíbrio da etapa inicial se transformou em pressão total do Defensa y Justicia no segundo tempo. Com dois cartões amarelos em três minutos, Girotto foi expulso aos sete e os argentinos se mandaram para o ataque. Era tentativa de tudo quanto é jeito: chute de longe, bola aérea, jogada ensaiada. E a Chape se portava bem. Com toda equipe atrás da linha da bola, formava uma verdadeira barreira na entrada da área e impedia a criação de chances claras.
Nas poucas vezes em que conseguia finalizar, o time da casa encontrava um Jandrei seguro, por mais que não fosse necessário fazer nenhuma grande intervenção. Com campo para contra-atacar, Mancini avançou Apodi e colocou Diego Renan no lugar de Rossi. Faltou, no entanto, perna e oportunidade. E de tanto se defender, o castigo veio no minuto final, já aos 49, quando Stefanelli mergulhou na pequena área para fazer de cabeça: 1 a 0 Defensa. Justiça para quem ficou praticamente 45 minutos na área adversária.
DETERMINANTE
A Chapecoense fez um bom primeiro tempo, se manteve no campo de ataque e sofreu pouco na defesa, mas o destino da partida mudou com a expulsão de Girotto. O volante fez duas faltas em três minutos e foi punido com amarelo em ambas no início do segundo tempo. Foi a quarta expulsão do Verdão em partidas sul-americanas nesta temporada. Com um a menos, ficou quase impossível praticamente passar do meio-campo e o castigo veio no fim.
SUPERSTIÇÃO
Se serve de alento, a Chapecoense também estreou com derrota por 1 a 0 fora de casa na campanha do título do ano passado. Na ocasião, perdeu para o Cuibá, que tem as mesmas cores do Defensa y Justicia, e deu a volta por cima com o 3 a 1 na Arena Condá. A trajetória contou ainda com dois confrontos com argentinos, também bem sucedidos: diante do Independiente, nas oitavas, e do San Lorenzo, nas semifinais.
Fonte: Globo Esporte
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