O Ministério Público Federal (MPF) recusou nesta quarta-feira (24) R$ 4 bilhões, oferecidos pelo grupo J&F, controlador do frigorífico JBS, para firmar um acordo de leniência com o órgão.
Procuradores da República e executivos da empresa se reuniram durante cerca de cinco horas na sede da Procuradoria da República do Distrito Federal. Participou da reunião um dos donos da JBS, Wesley Batista. Ele é irmão de Joesley Batista, autor da gravação de conversa com o presidente Michel Temer que motivou a maior crise política do atual governo.
O valor do acordo vem sendo negociado nas últimas semanas em paralelo à delação premiada de sete executivos da empresa, na qual admitiram pagamento de propina a membros do governo para obter empréstimos e participação acionária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A delação premiada atenua penas a serem cumpridas pelos executivos, em troca de informações que auxiliem a investigação. O acordo de leniência repara os danos causados ao Tesouro e livra a empresa de punições, como proibição de firmar novos contratos com órgãos públicos.
Inicialmente, o Ministério Público queria pagamento de R$ 11 bilhões pela empresa, proposta recusada pelos executivos, que ofereceram inicialmente R$ 1 bilhão e depois, R$ 1,4 bilhão. Desta vez, foi o MP que recusou a contraproposta de R$ 4 bilhões da J&F.
Segundo informou a assessoria do MP, já houve avanço nas negociações, que vão continuar nos próximos dias.
Fonte: G1
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