Um entregador foi preso pelo homicídio da própria filha, de 1 ano, em um canavial de Goianésia, região central de Goiás. Segundo a Polícia Civil, Marcelo Rodrigues Machado, de 26 anos, confessou ter baleado Emilly Beatriz Rodrigues de Jesus na cabeça, e disse que a ideia era cometer suicídio, mas acabou desistindo. O homicídio foi praticado após uma discussão dele com a esposa sobre a organização da festa de aniversário da criança.
O crime ocorreu na última sexta-feira (7). Segundo o delegado regional Marco Antônio Maia, responsável pelo caso, inicialmente, a polícia foi acionada com a informação de que pai e filha tinham sido sequestrados e deixados no canavial. Ao chegarem ao local, encontraram a criança no colo do pai. Ela chegou a ser socorrida e levada ao hospital com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
"Desde então, trabalhávamos com a hipótese de sequestro. Chamamos o pai para nos dar informações e para, o mais rápido possível, identificar e prender essas pessoas. Mas durante o curso das investigações, as informações que o pai ia passando caíram por terra por questões de perícia. A dinâmica dos fatos que ele ia narrando não batia com a realidade", disse Maia em entrevista coletiva.
Marcelo foi preso no sábado (8). Ao ser ouvido pelo delegado, ele começou a se contradizer e mudar suas versões. Em seguida, acabou confessando o crime. De acordo Maia, a discussão com a esposa desencadeou um "surto psicótico" no homem, que deu detalhes de como praticou o homicídio.
"Ele falou que foi ao canavial por conta de algumas vozes que estaria ouvindo. Pegou um revólver e foi ao local, deu um tiro na cabeça da Emilly e saiu. A ideia inicial era se matar, mas não teve coragem de fazer e voltou. Quando chegou, ela ainda estava se mexendo. Foi quando ele se arrependeu, tentou socorrer e pedir ajuda. Ele ligou para a mulher pedindo que acionasse a polícia e os bombeiros", destaca.
Aniversário
Emilly completou 1 ano na última quarta-feira (5). Porém, os pais estavam organizando a festa de aniversário para o sábado, um dia antes do crime. Porém, detalhes sobre a confraternização acabaram motivando uma discussão entre o casal.
"Uma discussão banal, de família, sobre a preparação para o aniversário da criança, que não seria o motivo de qualquer ser humano fazer uma barbaridade dessas. Mas, provavelmente, uma pessoa que já vinha sofrendo algum transtorno psicológico, isso seria um desencadeador", afirma o delegado.
A arma usada no crime ainda não foi encontrada. A polícia informou que Marcelo será submetido a uma avaliação psicológica para saber se ele possuía algum tipo de distúrbio.
Fonte: G1
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