O Governo do Rio Grande do Norte inicia, na segunda-feira (17), o processo de cadastramento dos caminhões-pipa que atuarão na segunda etapa da Operação Vertente, que leva água potável para áreas urbanas das cidades em colapso no abastecimento.
O edital que normatiza o cadastro foi publicado no Diário Oficial do Estado, desta quinta-feira (13). Os interessados devem ter Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e se inscreverem presencialmente no Setor de Licitação, prédio da Governadoria, das 09h às 17h, com documentos descritos no edital, até a próxima quinta-feira (20).
Os caminhões cadastrados começarão os trabalhos no início de maio e serão equipados com sistema de georreferenciamento, que permitirá o monitoramento dos seus percursos desde os mananciais de captação de água, até sua entrega aos moradores.
Organizada pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, a Operação investirá recursos da ordem de R$ 12,7 milhões, oriundos do Ministério da Integração Nacional. Na primeira fase, que ocorreu entre setembro de 2016 e fevereiro de 2017, os caminhões contratados levaram água potável a 13 cidades das regiões Alto Oeste e Seridó, atendendo cerca de 150 mil pessoas. Agora, a Defesa Civil Estadual pretende aumentar o número de municípios atendidos para 24, número que pode variar conforme as cidades entrem ou saiam da situação de colapso.
Situação de emergência
No dia 23 de março, o governo do Rio Grande do Norte decretou, por mais 180 dias, a situação de emergência em 153 municípios do estado – o equivalente a 91,6% das 167 cidades que compõem o território potiguar.
De acordo com a Secretaria da Agricultura da Pecuária e da Pesca (SAPE), a estiagem já causou prejuízos de mais de R$ 4 bilhões, o que representa uma redução superior a 50% na contribuição do setor rural para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do RN. Os prejuízos também atingiram a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). São mais de R$ 38 milhões de prejuízo somente nos anos de 2015 e 2016.
Atualmente, 76 cidades estão com algum tipo de rodízio de abastecimento e 18, em colapso hídrico - quando a companhia que fornece água admite não ter condições de manter o abastecimento e as cidades passar a ser fornecimento por caminhões-pipa. Estão em colapso: Almino Afonso, Antônio Martins, Francisco Dantas, João Dias, José da Penha, Luís Gomes, Marcelino Vieira, Paraná, Pilões, Rafael Fernandes, São Miguel, Serrinha dos Pintos, Tenente Ananias, Venha-Ver, Bodó, Cruzeta, Lagoa Nova e Tenente Laurentino Cruz.
Fonte: G1
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