Procurado pela Justiça, ex-vice-presidente da Mancha Verde é preso em SP

O Ex-vice-presidente da Mancha Verde, Lucas Lezo, de 26 anos, foi preso na noite desta segunda-feira (23) na Zona Norte de São Paulo. Ele era procurado por tentativa de

homicídio contra um outro torcedor durante briga entre organizadas na partida Palmeiras x Flamengo, realizada em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro de 2016.

Lezo estava foragido desde setembro do ano passado, quando teve o mandado de prisão expedido pela Justiça do Distrito Federal. O torcedor foi preso por volta das 20h30, saindo de uma academia na região da Brasilândia. Ele disse à polícia que trabalhava como professor de artes marciais no estabelecimento e, ao ser abordado, apresentou os documentos de um dos irmãos.

“Tentou esquivar-se da prisão, se passando pelo irmão, porém entrou em contradição após alguns questionamentos nossos e acabou confessando que tratava-se de Lucas”, relata o tenente da Polícia Militar, Marcos Vinícius, que participou da prisão. O torcedor agora também vai responder por uso de documento falso.

De acordo com a acusação, Lezo foi um dos envolvidos na briga generalizada de torcedores ocorrida no intervalo do jogo entre Palmeiras e Flamengo, no dia 5 de junho do ano passado, no Estádio Mané Garrinha. Ao todo, trinta torcedores foram detidos e pelo menos quatro ficaram feridos durante a confusão.

Torcedores “comuns” e até jogadores foram afetados pelos efeitos do spray de pimenta usado pela polícia para controlar a situação. Imagens das câmeras de televisão mostraram muitos deles com dificuldade para respirar no gramado. Os dois clubes acabaram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva com multa e perda do mando de campo.

Lezo já tem um histórico de envolvimento em brigas. Em 2011, participou de um confronto com torcedores rivais em Presidente Prudente, no interior paulista, em um clássico entre Palmeiras e Corinthians. Na oportunidade, acabou baleado na perna por policiais militares.

Já em 2012, novamente em um Palmeiras x Corinthians, ele viu seu irmão, André Alves, de 21 anos, morrer após ser atingido por um tiro na cabeça. O confronto, desta vez, aconteceu na Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte da capital. O então vice-presidente da Mancha ainda foi preso por formação de quadrilha após a briga e passou seis meses na cadeia.

Fonte: G1