Um dos suspeitos de participar da morte do prefeito de Goianésia do Pará, João Gomes da Silva (PR), em janeiro deste ano, foi preso na tarde desta sexta-feira (9)
escondido dentro de uma casa na Zona Leste de Teresina. De acordo com o delegado Emerson Almeida, da Delegacia de Homicídios do Piauí, o investigado também estaria envolvido na morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, ocorrida em 2005.
A polícia informou ainda que um segundo homem foi detido na mesma residência com R$ 3 mil e outras duas pessoas estão sendo procuradas. Para o delegado, todos eles seriam suspeitos de executar a tiros o prefeito João Gomes da Silva, que é natural de Barras, no Piauí. A vítima tinha 62 anos e ocupava o cargo desde 2013.
"Não houve resistência no momento da prisão, sendo que um rapaz foi detido apenas para averiguação. Os dois homens também são suspeitos da morte de um vereador e um secretário no estado do Pará. Nesse momento não podemos dar mais detalhes, nem mesmo sobre a participação deles nos crimes, pois as investigações continuam", comentou o delegado.
Com os suspeitos foram encontrados passagens com destino a Fortaleza e um carro, que será periciado. Os investigados vão permanecer em Teresina, onde prestarão depoimento ainda nesta sexta-feira.
"O juiz da Vara Criminal de Teresina e a Delegacia de Homicídios do Pará serão avisados das prisões. Enquanto isso, os suspeitos ficarão no Piauí até a ordem judicial de recambiamento", acrescentou o delegado Francisco Baretta, coordenador da Delegacia de Homicídios do Piauí.
Morte de missionária
Em fevereiro deste ano completou 11 anos da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada em um assentamento na cidade de Anapu, no Pará. A irmã Dorothy lutava pela reforma agrária na região. O caso teve repercussão internacional.
Os julgamentos dos acusados começaram um ano após os assassinatos, em 2006. Todos os cinco envolvidos no crime foram condenados e cumprem pena. Somente Regivaldo Pereira Galvão, condenado a 30 anos de prisão, recorre da sentença em liberdade.
Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, e Regivaldo Pereira Galvão, apontados como mandantes do crime, foram condenados a 30 anos de prisão. Bida sentou quatro vezes no banco dos réus. Ele teria oferecido R$ 50 mil pela morte da missionária. Amair Feijoli da Cunha pegou 18 anos de cadeia por ter contratado os pistoleiros Rayfran e Clodoaldo Carlos Batista. A pena de Rayfran foi de 28 anos, e Clodoaldo foi sentenciado a 17. Os julgamentos começaram um ano após os assassinatos, em 2006.
Fonte: G1
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